O presidente Jair Bolsonaro comemorou o acordo fechado entre o Mercosul e a União Europeia, anunciado ontem, em Bruxelas. Em entrevista em Osaka, no Japão, onde participou da Cúpula do G20, Bolsonaro disse que o Brasil é contemplado no acordo. “É uma operação dominó. Com toda certeza, outros países terão interesse em negociar conosco”.
Segundo estimativas do Ministério da Economia, o acordo vai representar um incremento do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país) brasileiro de US$ 87,5 bilhões em 15 anos.
Os países do Mercosul e da União Europeia formarão uma das maiores áreas de livre comércio do planeta a partir do acordo anunciado em Bruxelas. Juntos, os dois blocos respondem por cerca de 25% da economia mundial e um mercado de 780 milhões de pessoas.
Meio ambiente
Bolsonaro disse ter conversado com a chanceler alemã, Angela Merkel, e com o presidente francês, Emmanuel Macron, sobre a questão climática brasileira. Segundo Bolsonaro, ele teve uma conversa cordial com Merkel.
“De maneira bastante cordial, mostramos que o Brasil mudou o governo e é um país que vai ser respeitado. Falei para ela também da questão da psicose ambientalista que existe para conosco. Uma conversa muito parecida com o senhor Macron, da França. Até o convidei para conhecer a região amazônica”, disse o presidente.
Ao desembarcar na quinta-feira em Osaka para a reunião de Cúpula do G20, Bolsonaro disse que a Alemanha precisa aprender muito com o Brasil na área de meio ambiente. Bolsonaro rebateu declaração da chanceler alemã, que disse querer conversar com ele sobre o desmatamento no Brasil.
No Twitter, Bolsonaro postou fotos com os líderes com quem se encontrou antes de embarcar de volta para o Brasil: o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, o príncipe da Arábia Saudita, Mohammad bin Salman, o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, e o presidente argentino, Mauricio Macri.
Bolsonaro também se reuniu com o presidente Donald Trump, dos Estados Unidos. Eles trataram de temas como a relação comercial entre os dois países, a entrada do Brasil na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e a situação da Venezuela.