O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse hoje que o Banco Central (BC) deve seguir reduzindo a alíquota de recolhimento de depósitos compulsórios, em mais de R$ 100 bilhões. A medida deve ampliar o acesso ao crédito no país.
O compulsório é a parcela dos depósitos que os bancos são obrigados a manter em uma conta no Banco Central, e representa uma das ferramentas da autoridade monetária para regular a quantidade de dinheiro em circulação na economia. Por meio do compulsório, o BC garante que os juros das instituições financeiras estejam alinhados com a taxa Selic, juro básico da economia. Ao reduzir a alíquota, a autoridade monetária libera mais recursos para serem emprestados pelo sistema financeiro.
Ontem, o BC decidiu baixou o índice de recolhimento compulsório sobre recursos a prazo em dois pontos percentuais, de 33% para 31%. A alteração, com efeito a partir do mês que vem, vai destravar R$ 16,1 bilhões.
“Estamos fazendo a desestatização do mercado de crédito, despedalando os bancos públicos. Ontem já houve a liberação de mais de R$ 20 bilhões [sic] de recolhimento compulsório, para ampliar o crédito privado, e vem aí mais de R$ 100 bilhões de liberação de compulsório mais à frente”, anunciou Guedes, após se reunir com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, em Brasília.
BC evita citar montante
Em nota, o BC destacou que a redução estrutural dos compulsórios é uma das ações da agenda do banco, mas não estipulou prazos nem os valores que serão flexibilizados, dizendo que “a ação ainda está em curso, sem definições de prazos ou montantes”. O BC não antecipa decisões ou regulações”, acrescentou a nota.