Delegado descarta relação de carta com ataques com ácido

Carta instruiria sobre novos ataques na zona Sul de Porto Alegre

Cinco ataques com ácido foram registrados em Porto Alegre | Foto: Arquivo Pessoal / Divulgação / CP

A Polícia Civil tem ciência de uma carta que estaria ameaçando pessoas, na zona Sul de Porto Alegre, para que elas jogassem produtos químicos de forma similar aos ataques com ácido reportados nos últimos dias. O delegado Luciano Coelho, responsável pela investigação, enfatizou que até o momento descarta relação da mensagem com as agressões com ácido registradas.

Uma pessoa que encaminhou a mensagem à Polícia Civil seria ouvida na manhã desta quarta-feira. “A polícia vai filtrar tudo que está chegando sobre este caso e dar o que interessa. Se abrir leque para boatos e similares não chegaremos a lugar nenhum”, relatou.

A Polícia Civil intensificou as investigações em torno do “maníaco do ácido” que atacou cinco vítimas, usando um Hyundai HB20 de cor branca, nos bairros Nonoai e Aberta dos Mortos, na Zona Sul de Porto Alegre. Na manhã desta terça-feira, o diretor da Delegacia de Polícia Regional de Porto Alegre (DPRPA), delegado Fernando Soares, anunciou as primeiras peças do quebra-cabeça que está sendo montado pela 13ª DP para elucidar o caso.

“Já temos mais de 20 imagens do carro em locais diferentes”, anunciou. As filmagens estão sendo analisadas pelo Instituto-Geral de Perícias para melhorá-las e possibilitar a identificação das placas do automóvel do suspeito. Nesse contexto, os agentes estão verificando e fazendo a triagem de cerca de 12 mil veículos cujas imagens foram registradas pelo cercamento eletrônico no período dos ataques. “É um trabalho seletivo”, constatou. Ele detalhou que estão sendo selecionados em um primeiro momento todos os veículos de cor branca e depois serão apenas do modelo utilizado pelo suspeito para posteriormente serem identificados os proprietários. “Não é fácil. É uma agulha no palheiro”, reconheceu, mas manifestando confiança no êxito do trabalho investigativo.