A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, há pouco, julgar hoje dois habeas corpus para analisar a soltura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Um deles questiona a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de manter o ex-presidente preso, e o outro pede a suspeição do ex-juiz e hoje ministro Sérgio Moro, agora também com base em informações divulgadas pelo site The Intercept Brasil, sugerindo que ele influenciou em decisões da força-tarefa da operação Lava Jato, a quem cabia acusar Lula.
Ontem, o ministro Gilmar Mendes, que havia pedido vista do processo que trata da questão relativa ao STJ, solicitou adiamento do caso, mas voltou atrás no início da sessão desta tarde, defendendo que a liberdade de Lula deve ser analisada.
O pedido para que o caso seja julgado ainda hoje partiu do advogado Cristiano Zanin, representante de Lula. Ao concordar em votar a questão, Gilmar Mendes adiantou que deve propor a concessão de uma liminar para soltar o ex-presidente até que o STF decida o caso definitivamente.
Lula está preso desde 7 de abril do ano passado na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, depois de ter a condenação confirmada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), que impôs pena de 12 anos e um mês de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá (SP).