Os policiais civis gaúchos participam nesta terça-feira do Dia D em defesa da aposentadoria. O protesto acompanha o movimento nacional de todos os integrantes das forças policiais civis estaduais. Em Porto Alegre, a Ugeirm Sindicato montou um acampamento em frente do Palácio da Polícia, na avenida João Pessoa.
O presidente da entidade, Isaac Ortiz, antecipou que o próximo passo será uma grande mobilização em Brasília. “Será o foco: somos contra esta Reforma da Previdência”, explicou, acrescentando que foram excluídos os policiais civis, policiais federais, policiais rodoviários federais, agentes penitenciários e guardas municipais. “Era uma promessa do governo que muitos estão achando agora uma traição. É uma das maiores injustiças com a segurança pública. Fomos apunhalados”, desabafou o dirigente, citando que foram poupados apenas os policiais militares e militares.
Entre outras questões debatidas pela categoria estão a paridade, a integralidade, a aposentadoria da mulher policial e a pensão por morte, além das promoções. Isaac Ortiz considerou que a Reforma da Previdência para a população como um todo também é prejudicial e “beneficia apenas o sistema financeiro”.
Conforme o presidente da Ugeirm Sindicato, a atividade policial é diferenciada. “Trabalhamos com a vida do cidadão e com nossa vida. Os policiais saem todos os dias às ruas e não sabem se voltam para casa”, lembrou. O dirigente observou ainda que os policiais costumam aposentar-se com doenças adquiridas ao longo da carreira. “Tudo de ruim da sociedade desemboca no policial que paga um preço muito caro junto com a família”, frisou.