Polícia toma depoimento de Flordelis e mais 19 pessoas pela morte de pastor no Rio

Deputada federal chegou a delegacia no início da tarde desta segunda-feira

Foto: Michel Jesus / Câmara dos Deputados

A deputada federal Flordelis (PSD-RJ) chegou, no início da tarde, à Delegacia de Homicídio de Niterói e São Gonçalo para prestar depoimento no inquérito que investiga o assassinato do marido, o pastor evangélico Anderson do Carmo, ocorrido no dia 16. Apesar de ter prerrogativa de escolher hora e local para prestar depoimento, ela atendeu ao chamado da investigação.

Durante a manhã, chegaram à delegacia filhos e amigos do casal. Ao menos 20 pessoas foram convocadas para prestar depoimento hoje. Floderlis e Anderson tinham 55 filhos, sendo quatro biológicos e 51 adotivos. Dois deles já admitiram participação no crime.

Flávio dos Santos Rodrigues, de 38 anos, confessou à polícia ter matado o pai adotivo. Ele é filho biológico apenas de Flordelis. O filho adotivo do casal Lucas Cézar dos Santos Souza, de 18 anos, é suspeito de ter comprado a arma usada no crime.

Não há previsão para o término dos depoimentos, mas a Polícia informou que vai divulgar uma nota no fim da tarde. Já Flordelis, convocou uma coletiva de imprensa para amanhã.

A deputada prestou depoimento à Polícia pela primeira vez no domingo, junto com dois filhos e dois netos. Nas redes sociais, ela chegou a divulgar uma nota dizendo “ser muito cruel” alguém imaginar que ela possa ter tido “frieza para esconder provas de um crime”.

Ela também respondeu críticas que vem sofrendo nos últimos dias: “por que me condenar sem qualquer chance de defesa e sem processo? Isso não é justo”, afirmou.

Flordelis passou a ser apontada como suspeita de participar do homicídio na quinta-feira, por um dos filhos, que não teve a identidade revelada. Também por meio de nota, a assessoria informou que ela não é investigada. A delegada Barbara Lomba, responsável pela investigação, disse que a motivação do crime ainda não se esclareceu.

A Polícia espera a perícia em uma pistola encontrada na terça-feira no quarto de um dos filhos da deputada, em Pendotiba, Niterói. O calibre da arma sugere que ela pode ter sido usada no assassinato de Anderson.

A polícia investiga o caso, mas até o momento, as circunstâncias apontaram para uma execução, realizada com uma arma de calibre 9 milímetros. O pastor levou um terço dos 30 tiros na região da virilha. Os celulares dele e do enteado, de 38, essenciais para esclarecer o crime, ainda não apareceram.