O presidente Jair Bolsonaro recebeu, na tarde de hoje, no Palácio do Planalto, o CEO do Liberty Media, grupo que controla a Fórmula 1, Chase Carey; e o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel. Após o encontro, Bolsonaro se mostrou otimista em que a etapa brasileira da Fórmula 1 seja disputada no Rio de Janeiro a partir de 2021 e não mais em São Paulo.
“Nós não perderemos a Fórmula 1. O contrato vence ano que vem com São Paulo e eles resolveram voltar ao Rio de Janeiro. [São] 99% de chance, de termos a Fórmula 1 a partir de 2021 no Rio de Janeiro. Obviamente, as consequências positivas da Fórmula 1 aqui são muito boas”, disse o presidente.
Dentre as vantagens citadas por Bolsonaro, está a maior capacidade de público do novo autódromo: 130 mil pessoas no Rio, contra o público de 60 mil em Interlagos. Ele afirmou ainda que o autódromo projetado para o Rio deve ser multiuso, podendo sediar também a Fórmula E, categoria de automobilismo com carros elétricos, por exemplo.
O presidente disse ainda que ou a Fórmula 1 vai para o Rio de Janeiro ou sai do Brasil. “Eu tenho que pensar no Brasil e não no seu estado. […] A área é muito mais ampla no Rio de Janeiro. […] Melhor ficar no Rio do que não ficar em lugar nenhum”.
Situação indefinida
Já o CEO da Fórmula 1 disse que as negociações com os dois estados ainda estão ocorrendo e que a melhor decisão vai ser tomada: “Não temos nada fechado. Estamos empenhados nas discussões no Rio de Janeiro e em São Paulo. Não queremos eliminar nenhuma possibilidade”.
Chase Carey informou que quer proporcionar aos fãs brasileiros uma experiência semelhante à da final do futebol americano nos Estados Unidos, o Superbowl. “O que queremos procurar é a melhor experiência geral para os fãs”.
O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, negou que a violência na cidade seja um problema. Segundo ele, o índice de criminalidade é baixo nas áreas turísticas da capital.
“Estamos enfrentando o crime organizado com muita contundência para poder reduzir os índices de criminalidade que são elevados na Baixada Fluminense, em comunidades. No grande cinturão cultural e turístico do Rio de Janeiro os índices são muito baixos e vem permitindo um turismo cada vez mais crescente”.