Uma das feiras mais sustentáveis de Caxias do Sul, o Ponto de Safra já movimentou mais de R$ 4 milhões de janeiro até agora. Os três locais de feira venderam mais de dois milhões de sacolas, totalizando 897 toneladas de hortifrutigranjeiros até a última edição na sexta-feira passada. A comercialização é realizada pela Secretaria Municipal da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Smapa).
O Ponto de Safra incentiva o consumo sustentável, simplificando o processo de venda, já que o produto passa das mãos do agricultor local direto para o consumidor final. Desse modo, ocorre a valorização da agricultura do município na economia caxiense. Além de fomentar o agronegócio, a modalidade também influencia a permanência do produtor no campo.
Jerry da Silva, coordenador do Ponto de Safra, explicou o processo de evolução da comercialização. “A consolidação dessa feira acontece pelo esforço dos produtores em entregar um produto de qualidade e de maneira organizada. Muitos consumidores têm pressa e a venda por porção acaba sendo mais eficiente”, apontou. O Ponto conta com mais de 500 produtores, divididos em 69 associações, que são grupos de agricultores que cooperam entre si para comercializarem seus produtos.
O consumidor Paulo Gabriel Beltran, 23 anos, morador do Centro, aprovou a qualidade dos produtos. “Como trabalho de noite, eu passo direto aqui. O preço e a qualidade dos produtos são excelentes”, avaliou. Já Maria do Pato Bibiana da Cruz, 29, moradora do bairro Cristo Redentor, recomendou a feira para toda a população. “Eu gosto. Além do preço ser bom, os produtos vêm direto do produtor. As pessoas precisam conhecer a feira, pois é uma ótima oportunidade de adquirir hortifrutigranjeiros”, orientou.
O agricultor Fernando Molin, 48 anos, morador de São Gotardo, em Vila Seca, produz temperos verdes e couve folha, além de feijão. Ele faz parte da associação Hortifruti Terra, que vende 24 mil sacolas anuais no Ponto. “Conseguimos complementar a nossa renda graças ao Ponto de Safra. Nessa comercialização vendemos direto para o consumidor, com isso a população consegue um bom preço e nós produzimos cada vez mais por conta da demanda”, argumentou.
A comercialização ocorre sempre às sextas-feiras, em três pontos: Treze de Maio (entre a Sinimbu e a avenida Júlio de Castilhos), das 5h30 às 16h; Moreira César (entre as ruas Os Dezoito do Forte e Sinimbu), das 6h às 17h; e Praça Dante Alighieri, das 6h às 17h. Cada sacola é comercializada a R$ 2 e o peso de cada produto varia toda semana, de acordo com a cotação de preços divulgada pela Ceasa Serra em parceria com a Smapa.