O Rio Grande do Sul registrou, em uma semana, três casos de parricídio – assassinato de pais ou avós por filhos ou netos. O fato mais recente aconteceu em Campo Bom, no vale do Sinos, na madrugada desta sexta-feira (21). Conforme a Polícia Civil da cidade, um adolescente de 17 anos matou o pai a facadas e feriu a madrasta dentro da casa em que viviam.
Informações preliminares dão conta de que o ato infracional análogo ao crime de homicídio tenha sido cometido em decorrência de desavenças familiares. Pai e filho teriam iniciado uma discussão pelo fato do jovem estar assistindo televisão durante a madrugada. Na sequência, o rapaz teria usado uma faca de cozinha para golpear as vítimas por diversas vezes.
Ainda hoje o jovem de 26 anos suspeito de matar os pais a facadas dentro de um apartamento na Avenida Nonoai, zona Sul de Porto Alegre, foi encaminhado ao Instituto Psiquiátrico Forense. O crime aconteceu entre a noite de quarta e a madrugada de quinta-feira. Segundo o delegado responsável pelo caso, Newton Martins de Souza Filho, ele estava transtornado e não prestou depoimento.
Perto da 1h da madrugada, após relatos de gritos e barulho de objetos sendo quebrados e arremessados, os vizinhos acionaram a Brigada Militar (BM). Depois de arrombarem a porta com um pé-de-cabra, os PMs localizaram os dois corpos. No local, foram recolhidos uma faca e um rolo de macarrão sujos de sangue.
No último dia 14, um homem de 30 anos que confessou ter matado os pais em Bom Jesus, na Serra. De acordo com o delegado regional de Vacaria, Carlos Alberto Defáveri, o crime ocorreu na terça-feira, em uma fazenda localizada em Mandaçais, onde o casal era caseiro. Os corpos do homem, de 61 anos, morto a facadas, e da mulher, de 57, degolado e com um tiro na testa, foram encontrados dentro do quarto.
Defáveri disse que o homem queria usar drogas e pediu dinheiro para o pai, que negou. “Ele não lhe deu a quantia exigida e nem os objetos para trocar. Houve uma discussão, ele esperou os pais dormirem e os matou”, explica. O homem confessou ter retornando à residência para pegar mais um pertence para trocar por entorpecente.