RJ: Polícia prende dois filhos de deputada que teve o marido assassinado

Um filho adotivo do casal e um biológico de Flordelis foram presos por outros crimes, mas também são investigados pela morte do pastor

Foto: Reprodução

Dois dos 55 filhos da pastora evangélica e deputada federal Flordelis dos Santos (PSD) foram presos nesta segunda-feira, um dia após a morte do marido dela, o pastor Anderson do Carmo de Souza, assassinado com pelo menos 30 tiros na garagem de casa, em Pendotiba, bairro de Niterói, região metropolitana do Rio. Embora tenham sido presos por outras acusações, eles também vão ser investigados pela Polícia Civil por possível envolvimento na morte.

O primeiro detido é Flávio dos Santos Rodrigues, de 38 anos, filho biológico de Flordelis e enteado de Souza. A prisão ocorreu durante o enterro do padrasto. Levado para a Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo, ele prestou depoimento e deve passar a noite na carceragem.

Desde 17 de abril, Flávio tinha um mandado de prisão preventiva em aberto por violência doméstica, mas desrespeitou as ordens impostas pelo juiz André Luiz Nicolitt, do 1º Juizado da Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de São Gonçalo (região metropolitana do Rio).

O outro filho do casal preso é Lucas, de 18 anos. Ele é um dos 51 filhos adotivos do casal e, antes de completar 18 anos, envolveu-se com o tráfico. A ordem de prisão contra ele foi emitida por conta dessa suposta conduta.

A principal linha de investigação da Polícia Civil considera que Flávio e Lucas agiram juntos e mataram Souza para defender a mãe após descobrir um caso extraconjugal de Souza. Outra hipótese, que foi levantada, mas perdeu força, é de uma briga familiar em razão de uma dívida.

Já a deputada Flordelis contestou a hipótese de que um dos filhos tenha cometido o crime: “Isso é ridículo, acusar alguém sem provas”, afirmou, durante o enterro de Souza. Ela suspeito que o marido tenha sido morto durante uma tentativa de assalto, em um latrocínio. “É nisso que eu acredito: que foi um assalto e ele morreu defendendo a família.”

Nesta segunda, o governador Wilson Witzel (PSC) afirmou que esteve com o secretário de Polícia Civil na noite de domingo após a notícia do assassinato do pastor, e a principal linha de investigação do crime era de que um dos filhos do casal ordenou a execução. “A morte nos causa muita perplexidade”, disse.

*Com informações da Agência Estado