O presidente Jair Bolsonaro deseja que o novo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) viabilize a devolução de recursos do banco ao Tesouro Nacional e abra a “caixa-preta” da instituição, apontando como foram usados recursos em países como Cuba e Venezuela, disse nesta segunda-feira o porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros. Ele disse ainda que o presidente espera que o banco de fomento invista em projetos de infraestrutura e saneamento básico, além de apoiar Estados e municípios.
O Ministério da Economia anunciou, na noite de hoje, a indicação de Gustavo Montezano, atual secretário-adjunto da Secretaria de Desestatização e Desinvestimento do ministério, para substituir Joaquim Levy no comando do BNDES. Levy pediu demissão do cargo após críticas de Bolsonaro no fim de semana. O porta-voz explicou a concepção do presidente quando indagado sobre a saída de Levy e indicou que aqueles que tenham participado de gestões petistas não devem integrar a atual administração.
“O presidente entende, por concepção pessoal, a percepção de que eventuais pessoas que tenham participado de governos que colocaram o Brasil nessa situação catastrófica que se encontra não devem compartir conosco da possibilidade de promover a melhoria do Brasil. É nesse contexto que o presidente trabalha”, disse Rêgo Barros. Segundo o porta-voz, o novo indicado para o comando do BNDES – que deve ter o nome aprovado pelo conselho deliberativo do órgão – é uma escolha feita dentro de um caráter nitidamente técnico.