Os rodoviários de Porto Alegre não deverão participar da greve geral convocada por sindicatos e movimentos sociais para esta sexta-feira (14). A decisão da categoria, no entanto, não impedirá problemas à circulação dos usuários via transporte público na cidade, já que centrais sindicais prometem fechar as garagens da Carris e da Sopal, responsável pelo consórcio MOB, que atende a bacia Norte de Porto Alegre em direção a região central da cidade.
Além disso, motoristas de coletivos e cobradores devem se reunir em assembleia durante a madrugada de sexta para definir realização de operação-tartaruga como forma de protesto em pelo menos um corredor de ônibus da Capital. Como a velocidade máxima nas faixas exclusivas é de 60 km/h, os trabalhadores deverão conduzir os veículos a 30 km/h, o que não configura em greve da categoria.
Conforme o presidente do Sindicato dos Rodoviários de Porto Alegre, Adair Silva, os funcionários das empresas estão tratando a manifestação dessa sexta com parcimônia, pois há receio de corte de ponto e demissões. “Com essa proposta do prefeito em retirar os cobradores dos coletivos, os trabalhadores estão com receio de aderir a uma greve geral. Eles não dispostos a dar mais artíficio para os empresários. A gente não quer forçar nada”, sustenta.
Segundo a Carris, há um plano de contingência da empresa em caso de manifestações. A empresa pública garante que vai aguardar qualquer orientação dos órgãos de Segurança, mas que a operação está prevista de acordo com a tabela normal de circulação dos coletivos durante a semana. A Associação dos Transportadores de Passageiros (ATP) informa que os carros das empresas também estarão prontos para circularem normalmente.