Produção industrial do RS tem avanço elevado no acumulado do ano frente a 2018 , diz IBGE

Resultado nos primeiros quatro meses de 2019 foi de 6,2%

Foto: Agência Brasil / Arquivo

A produção industrial do Rio Grande do Sul atingiu nos primeiros quatro meses de 2019 um avanço maior do que no mesmo período de 2018, segundo dados divulgados nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Conforme o órgão, no acumulado do ano até abril, o Estado registrou índice 6,2%, a exemplo do Paraná.

Em solo gaúcho, o resultado foi influenciado principalmente pelo comportamento positivo vindo das atividades de veículos automotores, reboques e carrocerias e produtos de metal.
Já a produção do Paraná no acumulado do ano teve a influência de produtos alimentícios, veículos automotores, reboques e carrocerias e máquinas e equipamentos (máquinas para colheita). Santa Catarina (3,0%) e Ceará (1,8%) também mostraram taxas positivas no acumulado no ano.

No mesmo quesito, as outras 11 regiões apresentaram queda e os destaques foram para Espírito Santo (-10,3%) e Pará (-7,8%), pressionados, principalmente, pelos recuos em indústrias extrativas (óleos brutos de petróleos e minérios de ferro pelotizados ou sinterizados) e celulose, papel e produtos de papel (celulose), no primeiro local; e indústrias extrativas (minérios de ferro em bruto ou beneficiados), no segundo.

Mato Grosso (-4,8%), Minas Gerais (-4,8%), Região Nordeste (-3,4%), Rio de Janeiro (-3,2%), Amazonas (-3,0%) e Bahia (-2,9%) também registraram taxas negativas mais elevadas do que a média da indústria (-2,7%), enquanto São Paulo (-2,6%), Pernambuco (-1,1%) e Goiás (-0,2%) completaram o conjunto de locais com recuo na produção no fechamento dos quatro primeiros meses de 2019.

Indústria cresce em 10 dos 15 locais

O acréscimo de 0,3% da produção industrial em abril de 2019, na série com ajuste sazonal, foi acompanhado por dez dos quinze locais pesquisados. Pernambuco (8,3%), Bahia (7,4%), Região Nordeste (6,1%) e Mato Grosso (5,1%) assinalaram os maiores avanços, revertendo as quedas ocorridas em março: -4,7%, -10,0%, -8,7% e -6,6%, respectivamente. Ceará (3,7%), São Paulo (2,4%), Rio Grande do Sul (2,3%) e Santa Catarina (1,3%) também tiveram resultados acima da média nacional (0,3%). As outras duas taxas positivas foram do Paraná (0,3%) e de Minas Gerais (0,1%).

Por outro lado, o Pará, com recuo atípico (-30,3%), teve a perda mais intensa no mês, pressionado, em grande parte, pelo comportamento negativo no setor extrativo. Houve influências não só da paralisação de plantas produtivas por questões ambientais, em consequência do rompimento de uma barragem de rejeitos de mineração na região de Brumadinho (MG), mas também do impacto causado pelo maior volume de chuvas no período. Esse foi o recuo mais intenso da série histórica e o terceiro consecutivo nessa comparação, acumulando redução de 38,8% no período. As demais taxas negativas foram no Espírito Santo (-5,5%), Rio de Janeiro (-4,5%), Goiás (-1,4%) e Amazonas (-1,2%).

Ainda na série com ajuste sazonal, a média móvel trimestral da indústria recuou 0,1% no trimestre encerrado em abril de 2019, frente ao mês anterior e manteve a trajetória predominantemente descendente iniciada em agosto de 2018. Seis dos quinze locais pesquisados apontaram taxas negativas, e as mais acentuadas foram do Pará (-13,5%), Espírito Santo (-4,3%), Minas Gerais (-2,6%), Rio de Janeiro (-1,5%) e Goiás (-0,9%). Por outro lado, Pernambuco (2,9%), Paraná (1,2%), Ceará (1,2%), São Paulo (1,2%), Santa Catarina (1,1%) e Bahia (0,9%) registraram os avanços mais elevados em abril de 2019.

Em relação a abril de 2018, indústria recuou em nove dos 15 locais

Em relação a igual mês de 2018, o setor industrial recuou 3,9% em abril de 2019, com nove dos quinze locais pesquisados apontando resultados negativos. Vale citar que abril de 2019 (21 dias) teve o mesmo número de dias úteis do que igual mês do ano anterior.
Nesse mês, Pará (-31,0%), Espírito Santo (-18,0%) e Minas Gerais (-10,9%) assinalaram recuos de dois dígitos e os mais intensos, pressionados, principalmente, pelas quedas observadas nos setores de indústrias extrativas, no primeiro local; de indústrias extrativas e celulose, papel e produtos de papel, no segundo; e de indústrias extrativas, no último.
Rio de Janeiro (-8,8%) e Goiás (-5,9%) também tiveram taxas negativas mais acentuadas do que a média nacional (-3,9%), enquanto Mato Grosso (-3,9%), São Paulo (-2,5%), Bahia (-1,2%) e Região Nordeste (-0,9%) completaram o conjunto de locais com recuo na produção nesse mês.

Por outro lado, Ceará (6,5%), Rio Grande do Sul (6,3%) e Amazonas (4,0%) apontaram os avanços mais acentuados em abril de 2019, impulsionados, em grande parte, pelo comportamento positivo vindo das atividades de produtos de metal, couro, artigos para viagem e calçados e bebidas, no primeiro local; de veículos automotores, reboques e carrocerias e outros produtos químicos, no segundo; e de bebidas, no último. Pernambuco (3,3%), Santa Catarina (3,2%) e Paraná (2,1%) também mostraram taxas positivas no mês.