“Conversa bastante tranquila”, relata Justiça, sobre encontro de Bolsonaro com Moro

De acordo com comunicado, presidente "entendeu questões que envolvem" vazamento

Foto: Marcos Corrêa / Palácio do Planalto

O Ministério da Justiça e Segurança Pública classificou como uma “conversa bastante tranquila” a primeira reunião entre o titular da Pasta, Sergio Moro, e o presidente Jair Bolsonaro após o vazamento de diálogos que envolvem o ex-juiz federal e procuradores da força-tarefa da Lava Jato, revelados pelo site The Intercept Brasil, no fim de semana. De acordo com o comunicado, Bolsonaro “entendeu as questões que envolvem o caso”.

O encontro ocorreu na manhã desta terça, no Palácio da Alvorada. A Justiça também menciona a situação como “invasão criminosa de celulares de juízes, procuradores e jornalistas”, informando que Moro “rechaçou a divulgação de possíveis conversas privadas obtidas por meio ilegal e explicou que a Polícia Federal está investigando a invasão criminosa”.

Do encontro no Alvorada, Bolsonaro e Moro seguiram juntos, de lancha, para o Grupamento de Fuzileiros Navais de Brasília, que promoveu cerimônia de comemoração do 154º Aniversário da batalha naval do Riachuelo. Moro chegou, inclusive, a ser condecorado durante a cerimônia, que ainda contou com a presença de outros ministros, como da Economia, Paulo Guedes, Moro e Bolsonaro ficaram lado a lado. De acordo com interlocutores, a mensagem passada é de confiança do governo em relação ao ministro da Justiça.

Leia a nota completa do Ministério da Justiça e Segurança Pública:

“O ministro da Justiça Sergio Moro esteve reunido na manhã de hoje com o presidente Jair Bolsonaro quando falaram sobe a invasão criminosa de celulares de juízes, procuradores e jornalistas. O ministro rechaçou a divulgação de possíveis conversas privadas obtidas por meio ilegal e explicou que a Polícia Federal está investigando a invasão criminosa. A conversa foi bastante tranquila. O ministro fez todas as ponderações ao presidente, que entendeu as questões que envolvem o caso”.

*Com informações da Agência Estado