O Ministério Público vai recorrer contra a absolvição de dois dos três acusados de participar da morte da aposentada Ilza Lima Duarte, de 77 anos, ocorrida em 2008, em um apartamento no Centro de Porto Alegre. A expectativa é de que o promotor André Gonçalves Martinez recorra ainda nesta segunda-feira.
Os jurados decidiram pela absolvição da faxineira Andréia da Rosa e do ex-porteiro do prédio onde Ilza vivia, Paulo Giovani Lemos da Silva. Já o esposo de Andréia, Pablo Miguel Scher, que era auxiliar de serviços gerais do edifício, teve pena fixada em 19 anos e 6 meses. Ainda assim, ele pode recorrer em liberdade. A pena é relativa apenas ao crime de homicídio, já que o de fraude processual prescreveu. A juíza Cristiane Busatto Zardo, da 2ª Vara do Júri do Foro da Comarca de Porto Alegre, proferiu o resultado perto das 22h da última sexta-feira.
Caso
De acordo com a denúncia, apresentada pelo Ministério Público, Ilza teve fraturas nas costas e morreu vítima de insuficiência ventilatória (estrangulamento). A motivação apontada para o crime era uma recompensa em dinheiro, oferecida pelo casal acusado de ter ordenado o crime. Ex-vizinhos da aposentada, Maria Fernanda Corrêa Homrich e Roberto Petry Homrich também devem ser julgados, em separado, mas a definição sobre levar a dupla a júri popular deve ser tomada pelo Supremo Tribunal Federal.
Meses antes de ser morta, Ilza deixou para o casal uma herança, incluindo cinco imóveis, que anteriormente era destinada aos filhos de uma sobrinha.