Júri popular absolve dois dos três acusados de morte de idosa em Porto Alegre

Crime ocorreu em 2008 tendo como suposta motivação uma herança deixada pela vítima

Foto: Alina Souza/CP

Depois de dois dias e 24 horas de sessão, terminou com um réu condenado e dois absolvidos o júri popular do trio acusado de participar da morte da aposentada Ilza Lima Duarte, de 77 anos, ocorrida em 2008, em um apartamento no Centro de Porto Alegre. A juíza Cristiane Busatto Zardo, da 2ª Vara do Júri do Foro da Comarca de Porto Alegre, proferiu o resultado perto das 22h desta sexta-feira.

Os jurados decidiram pela absolvição da faxineira Andréia da Rosa e do ex-porteiro do prédio onde Ilza vivia, Paulo Giovani Lemos da Silva. Já o esposo de Andréia, Pablo Miguel Scher, que era auxiliar de serviços gerais do edifício, teve pena fixada em 19 anos e 6 meses. Ainda assim, ele pode recorrer em liberdade. A pena é relativa apenas ao crime de homicídio, já que o de fraude processual prescreveu.

Caso

De acordo com a denúncia, apresentada pelo Ministério Público, Ilza teve fraturas nas costas e morreu vítima de insuficiência ventilatória (estrangulamento).

A motivação apontada para o crime era uma recompensa em dinheiro, oferecida pelo casal acusado de ter ordenado o crime. Ex-vizinhos da aposentada, Maria Fernanda Corrêa Homrich e Roberto Petry Homrich também devem ser julgados, em separado, mas a definição sobre levar a dupla a júri popular deve ser tomada pelo Supremo Tribunal Federal.

Meses antes de ser morta, Ilza deixou para o casal uma herança, incluindo cinco imóveis, que anteriormente era destinada aos filhos de uma sobrinha.