A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, disse, hoje, que está “à disposição” para uma eventual recondução ao cargo de chefe do Ministério Público Federal. Questionada se conversou com o presidente Jair Bolsonaro sobre o tema, a chefe do MP negou.
Raquel Dodge disse que a consideração, ou não, da lista tríplice enviada pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) ao presidente da República é uma prerrogativa do chefe do Executivo. “É uma decisão do presidente, definida na Constituição”, disse.
A procuradora-geral chegou ao cargo indicada pelo então presidente Michel Temer, em 2017. Raquel Dodge ficou em segundo lugar pela indicação dos pares.
A lista tríplice, criada em 2001, é defendida pelos procuradores como um dos principais instrumentos de autonomia da carreira. De acordo com a Constituição, o presidente da República pode escolher qualquer um dos procuradores em atividade para o comando da PGR. De 2003 a 2017, os então presidentes sempre escolheram o mais votado pelos membros da ANPR.
Raquel Dodge participou, hoje, da abertura da 4ª Conferência Regional de Promotoras e Procuradoras de Justiça dos Ministérios Públicos Estaduais da Região Sudeste, na capital paulista.