A Prefeitura de Porto Alegre adiou para o dia 14 de junho a abertura de edital para contratar uma consultoria que analise as contas da Carris e reestruture a empresa de ônibus. Um erro no texto impediu o lançamento do processo, previsto para esta segunda-feira.
Conforme a Secretaria de Parcerias Estratégicas (SMPE), foi publicada errata no Diário Oficial de Porto Alegre a fim de ajustar um erro material no edital. Um valor de atestado, que é de R$ 75 milhões, foi descrito por extenso como “cento e cinquenta milhões”. A Pasta explica que o valor correto é “setenta e cinco milhões”, por extenso também.
Uma tentativa de abertura de pregão eletrônico, em abril, atraiu apenas uma licitante, o que levou à revogação da concorrência. Novos critérios foram usados para o lançamento deste segundo edital. O objetivo, segundo a Prefeitura, é encontrar uma solução viável para que a companhia siga existindo, sem prejuízo à prestação do serviço. O valor máximo fixado para a prestação do serviço é de R$ 3,1 milhões. Os estudos técnicos devem durar 12 meses.
A Carris atende hoje 23% da demanda de transporte público da cidade. A empresa acumula déficits desde 2011. Nos últimos oito anos, o prejuízo acumulado chega a R$ 290 milhões. Nesse período, os repasses da Prefeitura totalizaram mais de R$ 265 milhões para manter os ônibus em operação.
Apesar do déficit recorrente, o resultado negativo vem diminuindo. Em 2016, era R$ 74,2 milhões. No ano seguinte, baixou para R$ 43,1 milhões. Em 2018, ficou em R$ 19 milhões. Em dezembro do ano passado, a Carris obteve o primeiro lucro bruto mensal desde 2012, de R$ 11,9 milhões.
