Futuro presidente da Famurs fala em mandato “difícil” e reclama de “barganha” do governo federal

Prefeito de Palmeira das Missões, que assume a Federação em julho, concedeu entrevista ao Esfera Pública, nesta terça-feira

Presidente do PDT no RS, Pompeo de Mattos e o prefeito Palmeira das Missões, Eduardo Freire. Foto: Luiz Henrique Barbudinho

O futuro presidente da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), Eduardo Freire (PDT), disse hoje considerar que os atuais prefeitos cumprem “um dos mandatos mais difíceis da história”. O prefeito de Palmeira das Missões, que assume a Famurs em julho, concedeu entrevista ao Esfera Pública, nesta terça-feira.

“É opinião geral que esse mandato é um dos mais difíceis da história, em virtude da crise que afetou a maioria dos estados brasileiros e, principalmente, o Rio Grande do Sul. A gente vai trabalhar na linha de buscar modificação que vem ao encontro do que os prefeitos defendem”, declarou Freire, chamando a atenção para a necessidade de repactuação do pacto federativo.

O prefeito também qualificou como chantagem a pressão do governo federal em relação à aprovação de reformas como a da previdência e anúncios de contingenciamento orçamentário. “Considero que há um tom de barganha nas manifestações em relação a contingenciamento e o anúncio de corte de recursos na área prioritária de educação. Entendemos que existe um tom de barganha por saber das influências que os prefeitos têm com os parlamentares para que forcem a aprovação da reforma da previdência como está sendo apresentada. Entendemos que são necessárias algumas modificações na previdência, mas a questão é de justiça. De que forma essas reformas vão atingir aquela comunidade mais carente?”, questionou.

A posse da nova diretoria da Famurs ocorre durante o 39º Congresso de Municípios do Rio Grande do Sul, entre 3 e 5 de julho, em Bento Gonçalves, na Serra.