Depois de seis meses de investigação e trabalho de inteligência, a Polícia Civil gaúcha prendeu, no fim da noite dessa quinta, no Paraguai, Anderson Ferreira Goularte, de 37 anos, foragido desde agosto de 2016. A ofensiva, que teve apoio da polícia paraguaia, ocorreu em um dos quatro endereços que eram ocupados pelo homem. Goularte escapou, com mais cinco apenados, do Presídio Regional de Pelotas, na metade Sul.
“Ele é o principal líder de uma organização que age no Rio Grande do Sul e foi o mentor da fuga cinematográfica, que jogou um caminhão contra o muro da casa prisional”, explica o delegado regional de Pelotas, Márcio Steffens.
Junto do criminoso, a Polícia capturou a namorada dele, uma pelotense de 22 anos. As prisões ocorreram em uma residência em Ciudad del Leste. Ainda não há detalhes sobre a transferência de Goularte, de Foz do Iguaçu, a um presídio gaúcho. A companheira, que apresentou documentos falsos, não vai ser extraditada.
Steffens explica que desde domingo uma equipe da Delegacia e Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) com agentes da Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DPHPP), vinha trabalhando no Paraguai.
Conforme as investigações, Goularte ordenou um triplo homicídio ocorrido em Pelotas no Dia das Mães. “Uma das preventivas era relacionada a esse crime. Duas das vítimas eram ex-cunhadas e ao que tudo indica foi crime passional”, pondera.
Durante as buscas na casa do criminoso, a polícia também encontrou anotações que dão indícios de que ele seguia no comando da organização. Os demais fugitivos permanecem na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc).
De acordo com a chefe de Polícia, Nadine Anflor, havia sete mandados de prisão preventiva abertos contra ele. “Ele era envolvido em vários homicídios que ocorreram na região de Pelotas, são cerca de 40 crimes. Há suspeita também que esteja envolvido com o tráfico internacional de drogas.”
