CCJ dá aval para que reforma tributária comece a tramitar na Câmara

Proposta cria o Imposto sobre Operações com Bens e Serviços (IBS), que passa a englobar três tributos federais, um estadual e um municipal

Foto: Will Shutter/ABr

A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados aprovou, na tarde de hoje, a admissibilidade da proposta de reforma tributária (PEC 45/19). Na semana passada, o relator, deputado João Roma (PRB-BA), apresentou parecer favorável à tramitação do texto.

A proposta cria o Imposto sobre Operações com Bens e Serviços (IBS), que passa a englobar três tributos federais – IPI, PIS e Cofins -, o ICMS, que é estadual, e o ISS, municipal. Todos eles incidem sobre o consumo. O IBS vai ser composto de três alíquotas – federal, estadual e municipal. União, estados e municípios poderão fixar valores diferentes.

O PSol votou contra o relatório, de forma isolada. Segundo o líder da legenda na Câmara, Ivan Valente (SP), a reforma tributária deve promover justiça social e distribuição de renda por meio da taxação de grandes fortunas e de lucros e dividendos. “Não tem nada no texto que mostra que vai trazer justiça fiscal, de quem tem mais deve pagar mais. Não basta apenas ter simplificação tributária”, argumentou.

Para o deputado Alexis Fonteyne (Novo-SP), a PEC vai gerar segurança para os entes federativos, hoje em guerra fiscal. “Sistema tributário não é para fazer justiça fiscal com programas sociais. Sistema tributário é para arrecadar. Porque, sem dinheiro, o Estado não faz nada, não tem programa social, não tem Bolsa Família, não tem Fies, não tem Minha Casa, Minha Vida, não tem fundos sociais”.

A proposta segue agora para análise de uma comissão especial, que vai debater o mérito da matéria.