Onyx garante que reforma da Previdência vai a sanção ainda no 1º semestre

Sobre corte de gastos para educação, ministro disse que “contingenciamento não é eufemismo”

Onyx Lorenzoni. Foto: Alina Souza/CP

O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM), garantiu, nesta sexta-feira, que a reforma da Previdência vai ser aprovada no Congresso e segue para a sanção presidencial até o fim do primeiro semestre, mantendo o cronograma inicial do governo. Para a aprovação, o texto depende de 308 votos na Câmara e 49 no Senado, em dois turnos, maioria com a qual o ministro já projeta contar.

Ao cumprir agenda em Porto Alegre, Onyx Lorenzoni afirmou, no início da tarde, que o Palácio do Planalto não conta com um “Plano B” para socorrer a crise econômica e que permanece forte no cargo. No momento, o texto é examinado pela comissão especial da Câmara.

Seguro de que a base detém os votos necessários, o chefe da Casa Civil estima que o PIB nacional cresça até 20% em sete anos, caso o sistema de capitalização defendido pelo Executivo seja aprovado pelo Congresso. “No momento em que criarmos o sistema de capitalização, vamos poder crescer sustentavelmente 3% ao ano”, destacou. Como modelo, Onyx voltou a defender a capitalização implementada no Chile.

Sobre as últimas medidas adotadas pelo Planalto para a área da Educação, que culminou com o protesto de milhares de pessoas, na quarta-feira, Onyx reiterou que o Ministério da Educação (MEC) não cortou verba do ensino superior. “Contingenciamento é guardar, é poupar. Não é eufemismo nenhum para corte”, retrucou.

Onyx também disse que se tratou apenas de “questão semântica” a confusão gerada por aliados do PSL, que segundo ele se confundiram ao afirmar que o presidente Jair Bolsonaro deu ordem para rever o congelamento de repasses às universidades.

O chefe da Casa Civil também se esquivou de comentar as declarações de Bolsonaro feitas, ontem, em uma transmissão ao vivo, no Facebook, a partir de Dallas, nos Estados Unidos. O presidente desmentiu ter feito acordo com o então juiz Sérgio Moro em torno de uma indicação ao Supremo Tribunal Federal. Uma semana antes, porém, Bolsonaro admitiu o suposto acerto prévio, negado pelo agora ministro da Justiça. “Bolsonaro é fã de Moro e é uma coisa absolutamente natural que ele tenha se expressado dessa maneira”, desconversou Onyx.