Paralisação nacional da educação afeta aulas em escolas e universidades nesta quarta-feira no RS

Protestos são realizados na Universidade Federal de Santa Maria; Na Capital manifestos estão agendados para o período da tarde

Foto: Samuel Vettori / RECORD TVRS

O Dia Nacional de Greve na Educação afeta as aulas em escolas e universidades do Rio Grande do Sul nesta quarta-feira. Mesmo com atos marcados para o período da tarde, professores e alunos paralisaram as atividades desde as primeiras horas da manhã. O movimento convocado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) tem a intenção de protestar contra a reforma da Previdência e o corte de verbas e investimentos para a área da educação.

Na manhã de hoje, o Colégio Júlio de Castilhos, um dos maiores da rede estadual em Porto Alegre, teve as aulas suspensas. O mesmo aconteceu nas escolas estaduais Rafaela Remião, na zona Leste, e Baltazar de Oliveira Garcia, na zona Norte.

Na rede particular de ensino, o Sindicato dos Professores do Ensino Privado do RS (Sinpro/RS) afirmou que alguns docentes estão aderindo à paralisação, mas não há escolas ou universidades fechadas. No Sul do Estado, professores da Universidade Católica de Pelotas (UCPel) decidiram aderir à Greve Nacional da Educação e não irão lecionar hoje.

Na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a maioria dos cursos não está tendo aulas nesta quarta-feira. Em relação à UERGS, professores, estudantes e funcionários aderiram à mobilização nacional. Em função disso, a instituição, através de nota, alertou que poderá haver interrupções no funcionamento das unidades universitárias e reitoria nesta quarta-feira.

Protestos

Estudantes da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) iniciaram na manhã desta quarta-feira uma manifestação que bloqueia o acesso ao campus universitário. Carregando faixas, eles protestam contra o corte de 30% nos recursos para as faculdades e contra a reforma da Previdência.

O acesso de veículos só é permitido para as ambulâncias que precisam acessar o Hospital Universitário. Segundo o Diretório Central dos Estudantes, a manifestação deverá perdurar no local até o meio-dia. Diversas entidades também participarão de ato no Centro de Santa Maria.

Em Porto Alegre, a mobilização deve começar às 14h, com um abraço simbólico ao Instituto de Educação e à Faculdade de Educação da Ufrgs, criticando, respectivamente, a morosidade na reconstrução do colégio estadual e o contingenciamento de verbas de custeio e bolsas da Capes.

Na sequência, os manifestantes devem seguir para a Universidade de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFSCPA), ao Campus Porto Alegre do Instituto Federal e ao INSS. De lá, seguem para a Esquina Democrática, no Centro, onde se encontrarão com estudantes da UFRGS, que definiram mobilização para as 18h.