Definição sobre reajuste da conta de água da Corsan deve sair até o fim do mês de maio

Corsan sugeriu 13,54% de reajuste, enquanto AGERGS propôs aumento de 7,30%

Governo pede que demais consumidores mantenham pagamentos em dia para garantir funcionamento da Corsan | Foto: Arquivo/Rádio Guaíba
Foto: Arquivo / Rádio Guaíba

A Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) deve definir, até o final deste mês, o valor do reajuste das contas de água. Nessa segunda-feira, o assunto começou a ser debatido em audiência pública realizada na Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do RS (Agergs).

Inicialmente, a Corsan apresentou um reajuste de índice de 25,74% (sem transição) e 12,94% (com transição). Posteriormente, a Companhia fez uma nova proposta de 13,54%. Já a Agergs apresentou estudos técnicos com reajuste de 7,30%. A expectativa é de que, no próximo passo, a Agência Reguladora faça levantamento do que recebeu em termos de contribuições técnicas a fim de que seja finalizada o parecer técnico e poder apreciar a revisão até o fim do mês. Após a divulgação dos índices, a Corsan dá publicidade ao valor e aplica em um prazo estimado de 30 dias.

A cada cinco anos, a Corsan faz o reposicionamento da tarifa, quando busca o reequilíbrio dos custos, considerando uma cesta de itens que impactam no estudo. Essa é uma etapa que tem como principal objetivo readequar os valores, buscando dar maior capacidade de investimento para a Companhia e levando em conta todos os municípios atendidos. A Corsan iniciou esse trabalho em agosto do ano passado.

Para chegar ao índice proposto, a Corsan utilizou duas metodologias de cálculo para definição da base de ativos fixos, uma vez que está em andamento a construção de uma nova modelagem para levantamento e valoração desses ativos. O primeiro cálculo considerou a metodologia vigente nas revisões tarifárias anteriores, nas quais os ativos eram atualizados com base no Índice Nacional de Custo da Construção Civil (INCC), resultando no índice de 25,84%. No segundo cálculo, a base de ativos fixos considerou apenas o incremento da expansão, sem a atualização pelo INCC, resultando no índice de 13,54%. Esses dois índices foram apresentados para a agência, porém, a Corsan se posicionou desde o início para que o menor índice fosse priorizado na tomada de decisão, em razão de que este contém a base consolidada dos ativos fixos e não uma base em tratamento.