O ex-presidente Michel Temer se apresentou à Polícia Federal, em São Paulo, na tarde desta quinta-feira. A juíza federal substituta Caroline Figueiredo, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, que cobre as férias do juiz Marcelo Bretas, havia determinado a retomada da prisão preventiva de Temer e do coronel da reserva da PM de São Paulo João Baptista Lima Filho. O prazo dado para o ex-presidente se entregar vencia às 17h.
Desde ontem à noite, Temer já sabia da decisão. Porém, o tribunal que suspendeu o habeas corpus que mantinha o político solto precisou enviar um ofício à 7ª Vara Criminal para que a expedição do novo mandado de prisão.
Os advogados do ex-presidente pediram para que ele permaneça preso em São Paulo. A juíza questionou o Tribunal Regional Federal da 2ª Região sobre a possibilidade. É possível que isso ocorra, tendo em vista que os dois já foram interrogados pela Polícia Federal.
Temer havia sido preso pela primeira vez em 21 de março na Operação Descontaminação. Ele e João Baptista Lima Filho foram soltos quatro dias depois em uma decisão liminar do desembargador Ivan Athiê, que integra a 1ª Turma do TRF2 com mais dois desembargadores: Abel Gomes e Paulo Espírito Santo.
O ex-presidente é acusado de integrar uma quadrilha que cometeu crimes de corrupção relacionados à construção da Usina Nuclear Angra 3, no Rio. As prisões haviam sido determinadas pelo juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, que julga os processos relacionados à Lava Jato no estado fluminense.