Tomate fica 43,46% mais caro em Porto Alegre e aumenta custo da cesta básica

Valor necessário para comprar produtos do conjunto de gêneros alimentícios essenciais foi de R$ 499,38 em abril

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A alta de 43,46% no preço do tomate fez com que a cesta básica de Porto Alegre encerrasse abril com alta de 4,14%, passando de R$ 479,53 em março para os atuais R$ 499,38, de acordo com dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) divulgados nesta terça. O valor na Capital equivale a 49,67% do salário mínimo líquido e é o terceiro mais caro entre as metrópoles do país, atrás de São Paulo e Rio de Janeiro. O tempo médio necessário para adquirir os produtos que compõem o conjunto de gêneros alimentícios essenciais previstos foi de 100 horas e 32 minutos.

Embora apenas três dos 13 produtos tenham ficado mais caros, o tomate teve o maior impacto. O fim da safra de verão resultou no aumento e, além disso, observou-se baixa qualidade do fruto, devido ao clima chuvoso, o que elevou a cotação daqueles com melhor aparência. A banana (5%) e a farinha de trigo (0,80%) também passaram a pesar mais no bolso do consumidor.

No sentido inverso, dez itens ficaram mais baratos, entre eles o feijão (-8,04%), quase sempre o vilão das altas. A arroz (-4,01%), o açúcar (-3,90%), o café (-2,32%), a batata (-1,46%), o óleo de soja (-1,21%), a carne (-1,11%), o leite (-0,31%), o pão (-0,22%) e a manteiga (-0,22%) foram as outras quedas de preço.

Custo aumenta em todas as capitais

Pelo segundo mês consecutivo, em abril, o custo do conjunto de alimentos essenciais subiu em todas as capitais, conforme a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada mensalmente DIEESE em 18 cidades. As altas mais expressivas ocorreram em Campo Grande (10,07%), São Luís (7,10%), Aracaju (4,94%) e Vitória (4,77%). A capital mais cara foi São Paulo (R$ 522,05), seguida pelo Rio de Janeiro (R$ 515,58). Os menores valores foram observados em Salvador (R$ 396,75) e Aracaju (R$ 404,68).

Com base no valor mais alto e a determinação constitucional de que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o DIEESE estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário. Em abril de 2019, o necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 4.385,75, ou 4,39 vezes o mínimo real de R$ 998.