Cerca de 200 pessoas, a maioria estudantes, protestaram, na tarde de hoje, em Pelotas, contra o corte de 30% em repasses do governo a universidades e institutos federais, anunciado pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub. Hoje, a Ufpel admitiu, em nota, a possibilidade de encerrar atividades, em função da escassez de verbas, até setembro.
Com o corte, a universidade estima a falta de R$ 29 milhões. Nos discursos, os estudantes disseram que a UFPel é um patrimônio da cidade. Com cartazes e faixas eles se reuniram na Praça Coronel Pedro Osório. Após, realizaram uma caminhada de costas pelas principais ruas do centro.
“Recebemos a nota da UFPel dizendo que sem dinheiro fecha as portas em setembro então decidimos encontrar com o pessoal do Centro de Artes e participar junto da caminhada”, disse o estudante de Licenciatura e Dança, Alexander Garcia.
Um segundo protesto ocorre em 18 de maio. À tarde, o reitor da Ufpel, Pedro Curi Hallal confirmou que o orçamento da instituição era de R$ 82 milhões, antes do corte.
“Não temos mais da onde cortar gastos. Fizemos um planejamento orçamentário para 2019 e resolveram isso quase no meio do ano”, lamenta. Ele confirmou, ainda, que em 2018 a universidade já reduziu o orçamento em R$ 10 milhões. “Mais do que isso não temos como. É um corte político não econômico, portanto não pode ser levado a sério. Quando acabarem os recursos paralisaremos as atividades e o Ministério da Educação que responda a estudantes, famílias e pacientes do nosso hospital”, finaliza.