Os vinhos e espumantes gaúchos vêm ganhando espaço e conquistando prêmios mundo afora. O reconhecimento internacional é uma realidade, tanto em relação aos espumantes quanto aos vinhos finos. Reconhecida por cinco anos consecutivos como a vinícola que mais vende no Brasil, a Vinícola Campestre, de Vacaria, Região dos Campos de Cima da Serra (RS), foi premiada recentemente em concursos na França e em Portugal.
Na prestigiada região de Bordeaux, a distinção veio ainda no mês de março, do Citadelles du Vin, com a patronagem da Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV) e apoio da Federação dos Grandes Concursos (Vinofed). Dentre as 800 amostras de 40 países, a Vinícola Campestre foi medalha de ouro com o Zanotto Espumante Moscatel.
Para o enólogo responsável pela Vinícola Campestre, André Donati, a premiação representa o reconhecimento e valorização dos produtos brasileiros no exterior. “Essa premiação é mais uma distinção e confirmação que o produto brasileiro tem qualidade comparado aos produtos do exterior, que inclusive tem uma história maior que a nossa na vinicultura, o que representa muito. Além disso, Citadelles du Vin é um concurso muito expressivo e respeitado por todos no mundo do vinho”, destaca o enólogo.
Com esta conquista, somente este ano, os vinhos brasileiros somam 18 medalhas obtidas na França. Segundo o diretor da Associação Brasileira de Enologia (ABE), o enólogo Christian Bernardi, que representou o Brasil na 19ª edição do Citadelles du Vin, o grupo de 50 degustadores tive muito trabalho para eleger os vinhos que apresentavam uma qualidade média bastante elevada.
Premiação também em Portugal
Em Portugal, no International Awards Virtus, os vinhos brasileiros romperam a barreira dos 40 prêmios em 2019. Realizado em Lisboa, o concurso conferiu 13 medalhas aos rótulos brasileiros. Somente a Vinícola Campestre ficou com 4 medalhas prata. Sendo premiados os vinhos: Zanotto Cabernet Sauvingon; Zanotto Chardonnay; Zanotto Merlot e Zanotto Rosé Merlot.
Aproximadamente 462 amostras, entre vinhos, destilados e azeites, que foram examinados por 40 degustadores de sete países. Além do Brasil, concorriam vinícolas da Alemanha, Chile, China, Espanha, França, Itália, Portugal e Uruguai.
Entre os vinhos finos da Vinícola Campestre o único que ainda não havia conquistado uma premiação internacional, era o Rosé Merlot, como explica o Donatti. “São todos vinhos já premiados em outros concursos internacionais, exceto o Rosé Merlot que recebeu seu primeiro prêmio, porque foi lançado no último ano e foi para concurso há pouco tempo. Em Portugal foram 4 vinhos premiados com medalha de prata e na França foi ouro no Moscatel. É uma grande representação, que no mundo do vinho conseguimos ganhar importantes prêmios”, acrescenta o enólogo.