Em três anos, ecobarreira recolheu mais de 500 toneladas de lixo do Dilúvio

Garrafas PET, papel de bala, capacetes de motocicleta, pneus, aparelhos de televisão, sofás e pedaços de madeira, plástico e isopor deixaram de poluir o Guaíba

Foto: Luciano Lanes / PMPA/Divulgação

Instalada em 2016, a Ecobarreira do Arroio Dilúvio já recolheu 540 toneladas de resíduos sólidos em Porto Alegre. A estrutura é custeada pelo Instituto Safeweb e intercepta o lixo jogado no Dilúvio antes que ele desemboque no Guaíba. O dispositivo fica situado nas proximidades do cruzamento entre as avenidas Ipiranga e Borges de Medeiros.

Durante sessão na Câmara de Vereadores, o presidente do Instituto Safeweb, Luiz Carlos Zancanella Junior, destacou que a Ecobarreira vem se tornando, desde 2016, mais do que um simples limpador de curso d’água.

“É também um movimento, um conceito. Todo porto-alegrense que vê o lixo flutuando em um lugar errado sofre um impacto negativo”, pontuou. Durante esse período, garrafas PET, papel de bala, capacetes de motocicleta, pneus, aparelhos de televisão, sofás e pedaços de madeira, plástico e isopor deixaram de poluir o Guaíba.

Zancanella adverte, porém que a barreira só interrompe dejetos que passem em um espaço de 20 centímetros da água, a partir do nível de superfície. “O que passa por baixo não é dimensionado”, lamentou. O material recolhido no local é acondicionado em sacos pela empresa e retirado periodicamente pela Prefeitura, sendo levado a áreas de transbordo, para reciclagem ou descarte.

O controle do equipamento é feito pela Safeweb, que instalou e mantém a estrutura. Foram investidos cerca de R$ 250 mil. A iniciativa não conta com dinheiro público.