O Produto Interno Bruto (PIB) do Rio Grande do Sul encerrou o ano passado em R$ 445 bilhões, com 1,2% de elevação em relação ao ano anterior. Os dados aparecem no relatório da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), divulgado nesta sexta-feira pela Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplag). O comércio teve o melhor desempenho entre os setores, com alta de 5,6%, seguido pela construção civil (+5,2%) e indústria (+5%). Na outra ponta, figura a agropecuária, com queda de 4,2% e os serviços, com 1% de retração.
O quarto trimestre do ano teve avanço de 2,7% em relação ao mesmo período de 2017, com desempenho favorável no setor industrial (+7,9%). “É um bom sinal. Essa recuperação do segundo semestre é bem-vinda, é positiva, mas ainda assim não expressa a necessidade de crescimento que nós precisamos para que atinjamos patamares desejáveis”, disse a a responsável pela Seplag, Leany Lemos.
No primeiro trimestre do ano, o PIB fechou em -0,3%, seguido por uma queda de 1% nos três meses seguintes. A partir do terceiro trimestre, registrou crescimento de 4%, fechando o ano com elevação de 2,7%. Para a secretária, um crescimento consistente é importante, já que a despesa é maior do que a receita.
O economista Eduardo Zylberstajn avaliou que o crescimento é uma boa notícia, mesmo que tímido. “Claro que é sempre melhor crescer do que estar estagnado ou retração, mas a crise foi muito severa, o tombo foi muito grande. Ainda tem muito crescimento pra vir para a gente voltar para o patamar que estava antes. A boa notícia é que veio o crescimento, em linha com o restante do país (que teve aumento de 1,1% em 2018), mas ainda é um crescimento tímido”, disse Zylberstajn, coordenador de pesquisa da Fipe.
