Governador comemora votação da PEC e diz que modelagem das privatizações levará 500 dias

Estruturação para a venda da CEEE, Sulgás e CRM será montada com apoio do BNDES

Governador Eduardo Leite | Foto: Ricardo Giusti / CP Memória

O governador Eduardo Leite comemorou o resultado da votação em primeiro turno da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que retira a necessidade de plebiscito para a venda de estatais no Rio Grande do Sul: Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), Sulgás e Companhia Riograndense de Mineração (CRM).

Em conversa com jornalistas na manhã desta quarta-feira, antes de participar do lançamento do Plano Plurianual (2020-2023) na sede do Ministério Público, em Porto Alegre, o chefe do Executivo disse estar feliz com o apoio recebido pelos 40 deputados que votaram favoravelmente ao projeto.

“Estamos muito satisfeitos com o resultado que alcançamos ontem nessa votação em primeiro turno. Quero agradecer mais uma vez o apoio dos deputados pela expressiva votação, de uma base consolidada na AL. Mas, principalmente, (estou feliz) pelo sentimento de convergência de uma agenda de recuperação fiscal e reestruturação do RS”, disse Leite.

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Questionado sobre como será o processo de venda das empresas, o governador informou que o processo pode demorar cerca 500 dias para estar concluído.

Eduardo Leite ressaltou, ainda, que com a aprovação da PEC, o Rio Grande do Sul se mostra um estado mais aberto para investimentos estrangeiros.

Sobre a estratégia do MDB de se ausentar do Plenário e demorar para dar quórum à votação para mostrar ao governo que está descontente com o tratamento recebido pelo Piratini, o governador disse que vai procurar o partido para saber e entender se há descontentamentos.

A PEC deve ser votada em segundo turno no dia 7 de maio. O objetivo do governo é encaminhar os três projetos para venda da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), Sulgás e Companhia Riograndense de Mineração (CRM) após esta data. Na noite desta terça-feira, a Assembleia aprovou a PEC em primeiro turno, por 40 votos a 13.