Representantes dos caminhoneiros dizem que nova paralisação depende do governo

Lideranças se reuniram nessa tarde com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, na sede da pasta

Foto: Valter Campanato / Agência Brasil / CP

Representantes dos caminhoneiros dizem que a realização de uma nova paralisação da categoria, no próximo dia 29, depende do governo. “A resposta de paralisação ou não vai ser do governo”, afirmou Wanderlei Alves, conhecido como Dedéco, líder da categoria, antes de participar de reunião no Ministério da Infraestrutura, em Brasília. Integrantes da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) e lideranças dos caminhoneiros se reuniram nessa tarde com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, na sede da pasta. As informações foram divulgadas pelo jornal O Estado de S.Paulo.

Dedéco já disse que a paralisação convocada para começar à meia-noite do dia 29 de abril teve origem em debates dos grupos de caminhoneiros em redes sociais, como o WhatsApp. Na avaliação dele, o movimento deve atingir o Brasil inteiro, de forma gradativa.

O presidente da CNTA, Diumar Bueno, também afirmou, de acordo com o Estadão, que a paralisação ou não dos caminhoneiros vai depender do que o ministro sinalizar. Segundo ele, as principais reivindicações são definições claras para o tabelamento do frete e a fiscalização desse cumprimento. Dedéco também disse esperar que o governo adote rapidamente o “gatilho” formado pela revisão da tabela do frete atrelada aos reajustes do preço diesel.

Dedéco e Bueno reclamaram de falta de diálogo com o governo e disseram que “os representantes da categoria não são as pessoas que estão sendo apresentadas, principalmente pelo governo”. Dedéco disse que desde janeiro o governo de Jair Bolsonaro “fechou as conversas com a categoria” e que ele tenta conversar, sem sucesso, com o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.

A CNTA emitiu nota no feriado de Páscoa afirmando que, ao consultar a base, formada por 140 sindicatos, nove federações e uma associação colaborativa, identificou que o reajuste do diesel “reacendeu uma insatisfação generalizada na categoria, que está impaciente, à espera de uma resposta do governo”.