“Recentes declarações de Olavo de Carvalho não contribuem”, admite Bolsonaro

Em nota, presidente comentou as críticas que o escritor vem fazendo a membros do governo federal, como os militares

Foto: Marcos Corrêa / Palácio do Planalto / CP

O presidente Jair Bolsonaro admitiu hoje, em nota divulgada pelo porta-voz Otávio Rêgo Barros, que as críticas que o escritor Olavo de Carvalho vem fazendo a membros do governo federal, como os militares, “não contribuem” para os propósitos da atual gestão. O pensador é apontado, desde a campanha eleitoral, como o “guru intelectual” de parte das ideias do presidente.

“O professor Olavo de Carvalho teve um papel considerável na exposição das ideias conservadoras que se contrapuseram à mensagem anacrônica cultuada pela esquerda”, escreveu Bolsonaro. “Entretanto, suas recentes declarações contra integrantes dos poderes da República não contribuem para a unicidade de esforço e consequente atingimento dos objetivos propostos em nosso projeto de governo que visa, ao fim e ao cabo, o bem-estar da sociedade brasileira e o soerguimento do Brasil no contexto das nações”, completou.

A polêmica com o escritor veio à tona após vídeos de Olavo de Carvalho repercutirem nas redes sociais com críticas a membros do governo, focando nos militares e nas escolas militares. Um dos vídeos foi publicado na conta pessoal do presidente e, pouco tempo depois, deletado. O porta-voz da Presidência esclareceu que o próprio presidente é o responsável pelo conteúdo postado e que Bolsonaro assume as responsabilidades.

As críticas de Olavo também foram rebatidas pelo vice-presidente general, Hamilton Mourão, hoje pela manhã. “Em relação ao Olavo de Carvalho, mostra o total desconhecimento dele de como funciona o ensino militar. Acho que até é bom a gente convidar ele para ir nas nossas escolas e conhecer. Acho que ele deve se limitar, Olavo de Carvalho, à função que ele desempenha bem, que é de astrólogo. Pode continuar a prever as coisas aí que ele é bom nisso”, declarou o vice-presidente. aos jornalistas, no Palácio do Planalto.