O primeiro-ministro do Sri Lanka, Ranil Wickremsinghe, admitiu hoje que órgãos de segurança tinham informações sobre um possível ataque, mas que essas informações não chegaram a ele. O dirigente considerou que “não houve uma resposta adequada” e defendeu a necessidade de conduzir um inquérito sobre como se deu o uso da informação. “Devemos examinar as razões pelas quais as precauções adequadas não foram tomadas”, reconheceu.
Para ele, porém, deter “os terroristas” deve, agora, ser a prioridade. O primeiro-ministro pediu ainda que os nomes dos presos não sejam divulgados, para evitar uma tensão entre comunidades. “Não deem aos extremistas uma voz. Não os ajudem a tornarem-se mártires”, destacou.
Até o momento, treze pessoas foram detidas pelos ataques e explosões ocorridas hoje, domingo de Páscoa. O saldo é de 207 mortos e 450 feridos, até o momento.
Cinco ataques ocorreram na capital Colombo, em quatro hotéis de luxo e em uma igreja. Outras duas explosões aconteceram em igrejas em Negombo, a norte da capital, onde há uma forte presença católica, e outra ocorreu no leste do país.
Nenhum grupo reivindicou a autoria das ações até o momento. Em resposta aos ataques, o governo impôs toque de recolher em toda a ilha, com início às 18h (horário local) até as 6h do dia seguinte. O governo determinou ainda um bloqueio temporário às redes sociais para impedir a difusão “de informações incorretas”.