Moradores relatam que “prédios balançavam” antes de desabamento no Rio

Familiares buscam informações de parentes que estavam nos edifícios

Foto: Centro de operação da Prefeitura do Rio de Janeiro / Divulgação / CP

Uma moradora de um dos prédios que desabou na comunidade de Muzema, zona Oeste do Rio de Janeiro, relatou desespero no local onde ao menos duas pessoas morreram. Identificada como Daniela, ela disse que saiu para trabalhar antes da queda dos edifícios. A mulher afirmou, no entanto, que tinha parentes ali. De acordo com informações da repórter Aline Pacheco, da Record TV, os moradores relatavam que “os prédios balançavam”, principalmente após as fortes chuvas que atingiram a cidade do Rio de Janeiro desde o começo da semana.

À reportagem, Daniela afirmou que um dos edifícios praticamente “encharcou” por conta do temporal. Ela busca informações sobre a irmã e o cunhado, que estavam em um dos prédios no momento do desabamento.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, o desabamento ocorreu por volta das 6h48min. Além das duas pessoas mortas, o desabamento deixou outras sete vítimas feridas e algumas delas seriam de uma mesma família. Os bombeiros informaram que um desses sobreviventes, uma mulher, foi encaminhada para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca. Os socorristas seguem no local, à procura por mais vítimas nos escombros dos edifícios que desabaram.

A prefeitura do Rio de Janeiro informou nesta sexta que os prédios estavam em uma área considerada irregular. Além disso, os edifícios tiveram as obras interditadas em novembro de 2018.

Fortes chuvas 

A zona Oeste do Rio de Janeiro foi uma das mais atingidas pelas recentes chuvas. O temporal na capital Fluminense deixou 10 pessoas mortas e alagou diversos bairros. A cidade chegou a ficar em “estágio de crise” por mais de 30 horas.

De acordo com a Defesa CIvil, foram recebidos 1.025 chamados desde às 17h de segunda-feira, até as 18h20min de quarta-feira.  Até o momento, foram realizadas 128 interdições de imóveis em decorrência das chuvas. Entre os pedidos de atendimento, estão vistorias em área de deslizamento de encosta e barranco, desabamento de estrutura e ameaça de desabamento.

Ao todo, 59 sirenes soaram em 36 das 103 comunidades de alto risco geológico monitoradas pelo sistema de alertas sonoros da cidade para chuvas fortes nos últimos dias. Não houve acionamentos na quarta-feira — as sirenes são acionadas pela Defesa Civil municipal após monitoramento e avaliação dos índices críticos de chuva por meteorologistas do Sistema Alerta Rio.