O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de Porto Alegre (1,18%) apresentou a terceira maior variação em março, segundo dados divulgados nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa da Capital gaúcha está acima da média nacional (0,75%), considerada a maior para março desde 2015 (1,32%).
Conforme o IBGE, Porto Alegre só perde apenas para São Luís (1,36%) e Aracaju (1,21%), mas ainda teve maior variação do que Fortaleza (1,04%) e outras 12 capitais. No acumulado de 12 meses, a cidade gaúcha (5,18%) só não teve maior variação do que Rio Branco (5,32%). Os dois municípios ficaram acima da média nacional, que apresentou taxa de 4,58% para o período.
A taxa nacional do IPCA sofreu forte influência dos grupos Alimentação e bebidas (1,37%) e Transportes (1,44%). Somados, estes dois grupos, que representam cerca de 43% das despesas das famílias, responderam por 80% do índice do mês, com impactos de 0,34 p.p. e 0,26 p.p., respectivamente. Comunicação, com -0,22%, foi o único grupo que apresentou deflação em março.
O grupamento dos alimentos para consumo no domicílio registrou alta de 2,07%. Os itens que sobressaíram são: o tomate (31,84%), a batata-inglesa (21,11%), o feijão-carioca(12,93%) e as frutas (4,26%). Nos Transportes, após a deflação (-0,34%) de fevereiro, o índice apresentou forte aceleração (1,44%), a maior variação dentre os grupos de produtos e serviços pesquisados. Os combustíveis (3,49%) foram os principais responsáveis pela alta, com a gasolina custando, em média, 2,88% a mais.
Outras contribuições positivas no grupo dos Transportes vêm dos itens passagem aérea (7,29%) e do ônibus urbano (0,90%), ambos com 0,03 p.p. Este último contempla os reajustes de 9,30% nas tarifas em Porto Alegre (5,12%), em vigor desde 13 de março, de 7,81% em Recife (7,19%) e de 5,88% em Curitiba(5,41%), ambos a partir de 02 de março. Destaca-se também o trem (2,07%), em razão do reajuste de 27,30% nas tarifas em Porto Alegre (14,85%), em vigor desde 13 de março.