O Ministério e a Secretaria Estadual da Saúde encontraram divergências em números relativos a casos e mortes atribuídos à gripe, em 2019, no Rio Grande do Sul. Dados da Pasta federal, divulgados em paralelo à solenidade em que o ministro Luiz Henrique Mandetta lançou, hoje, em Porto Alegre, a primeira fase da campanha de vacinação, apontaram que o Brasil contabilizou, até 23 de março, 255 casos de influenza, com 55 mortes, uma delas no Rio Grande do Sul.
Na Secretaria Estadual, porém, o levantamento mais recente dá conta de cinco casos, sem nenhuma morte. Em Brasília e Porto Alegre, as equipes revisaram os balanços e, no fim da tarde, a Secretaria esclareceu a situação. De acordo com a Pasta estadual, o caso de óbito envolveu um morador de Santa Rosa que adoeceu, se hospitalizou e faleceu em Ribeirão Preto, no interior paulista.
O levantamento do Ministério divulga que, em 2019, o subtipo predominante é o da influenza A H1N1, com 162 casos e 41 óbitos, até o momento. O estado do Amazonas é o que registra a maior circulação do vírus, com 118 casos e 33 mortes. No estado do Norte, a campanha começou mais cedo, em março. De acordo com o ministro da Saúde, a ideia é que, no próximo ano, a campanha comece em março também na região Sul, onde, tradicionalmente, o inverno é mais rigoroso.
Em 2018, foram aplicadas 3,61 milhões de doses no Rio Grande do Sul. Para 2019, o publico-alvo é de 3,78 milhões e o total de doses enviadas, de 4,1 milhões. No ano passado, foram registrados, em cidades gaúchas, 623 casos e 98 óbitos decorrentes de influenza. Em 85% dos óbitos, as vítimas pertenciam a grupos de risco e, desse percentual, só 18% haviam se vacinado. O ano de 2018 registrou aumento superior a 100% no número de mortes por gripe, que passou de 48, em 2017, para 98.
Confira o cronograma de vacinação
Grupos que podem receber a vacina, de graça, em postos de saúde, a partir de hoje:
– Crianças de 6 meses a menores de 6 anos de idade (5 anos, 11 meses e 29 dias)
– Gestantes (em qualquer idade gestacional)
– Puérperas (mulheres até 45 dias após o parto)
Grupos que podem receber a vacina a partir de 22/4:
– Crianças de 6 meses a menores de 6 anos de idade (5 anos, 11 meses e 29 dias)
– Gestantes (em qualquer idade gestacional)
– Puérperas (mulheres até 45 dias após o parto)
– Pessoas com 60 anos ou mais
– Povos indígenas aldeados
– Trabalhadores de saúde dos serviços públicos e privados
– População privada de liberdade e funcionários do sistema prisional
– Professores de escolas públicas e privadas
– Portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais*
* Doenças crônicas respiratórias, cardíacas, renais, neurológicas ou hepática; diabetes; imunossupressão; obesidade; transplantados ou pessoas com trissomias (alterações genéticas congênitas).