Previdência no RS deve ser aprovada até o início do 2º semestre, projeta Leite em SP

Tucano participou do 18º Fórum Empresarial, do Lide, em Campos do Jordão

Foto: Felipe Dalla Valle / Palácio Piratini

O governador Eduardo Leite (PSDB), afirmou nesta sexta-feira, em São Paulo, que não vai esperar a reforma da Previdência no âmbito federal para promover mudanças nas regras para aposentadoria no Rio Grande do Sul. “Esperamos que a nossa já esteja aprovada no fim do primeiro semestre ou no início do segundo semestre”, disse o tucano, durante participação no 18º Fórum Empresarial, do Lide, em Campos do Jordão.

De acordo com o jornal O Estado de S.Paulo, que publicou as declarações, Leite disse também que o Estado pretende fazer uma reforma na estruturação da carreira dos servidores públicos e promover privatizações de estatais, a partir da mudança na lei estadual que exige plebiscitos para que o governo possa fazer privatizações.

Segundo ele, com essas e outras mudanças o Estado fica apto a aderir ao programa federal de equilíbrio fiscal, resultando em suspensão do pagamento de dívidas à União e na retomada de empréstimos para o pagamento de servidores e fornecedores.

O governador disse ainda que essas propostas estão em linha com a postura liberal que apresentou durante a campanha eleitoral. “Validamos todas as propostas durante a eleição, o que me dá confiança que o Rio Grande do Sul vive uma compreensão e uma consciência de que precisa se abrir mais à iniciativa privada”, disse.

O tucano afirmou, mesmo assim, que é difícil promover mudanças em razão da fragmentação do poder, mencionando os 17 partidos representados em plenário na Assembleia Legislativa. “A fragmentação é boa porque reduz o autoritarismo, mas, por outro lado, com cada um puxando para o seu lado, não conseguimos sair do lugar”, disse.

Para ele, só o respaldo da sociedade é capaz de driblar essa fragmentação. “Para que possamos tomar decisões que modifiquem o Brasil, é fundamental ter apoio político na sociedade, para que não sejamos conduzidos e possamos liderar as mudanças”, disse.