O presidente Jair Bolsonaro se reúne na segunda-feira com o ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, para definir o futuro dele no comando da Pasta. Bolsonaro afirmou que vem recebendo reclamações sobre o funcionamento do Ministério da Educação (MEC).
“Vai ser uma última conversa, para ver se continua ou não continua”, disse o presidente nesta sexta, após participar da inauguração do espaço de atendimento da Ouvidoria da Presidência da República, no Palácio do Planalto.
Segundo Bolsonaro, o ministério precisa funcionar “redondinho”, o que não vem acontecendo. Mas evitou tratar o afastamento de Vélez como inevitável. “Só a morte não tem conserto”, afirmou.
Perguntado se já pensa em um eventual substituto, o presidente desconversou em tom de brincadeira: “Eu estou noivo ainda, como é que vou pensar numa namorada?”.
Notícia
Em Campos do Jordão (SP), Vélez, que participou do fórum empresarial Lide, disse que não tinha sido informado até a manhã de hoje da possibilidade de demissão: “Eu pessoalmente não tenho notícia disso”.
O ministro afirmou que não vai pedir demissão: “Não vou entregar o cargo”. Sobre as críticas que vem sofrendo, e perguntado se a situação se tornou insustentável, o ministro disse que a única “coisa insustentável é a morte” e que a saída para problemas de gestão no Ministério da Educação é “racionalidade”.
Em pouco mais de três meses, houve mais de dez demissões de postos do alto escalão do MEC e órgãos vinculados à Pasta. Na mudança mais recente, publicada ontem no Diário Oficial da União, o governo exonerou a chefe de gabinete do ministro, Josie Pereira, e o assessor especial Bruno Garschagen.
Para o presidente, é preciso preparar os estudantes para a chamada 4ª revolução industrial, que está transformando o mercado de trabalho. Ele defendeu também que o professor tenha mais autoridade no ambiente escolar.
Turismo
Bolsonaro também comentou a situação do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, alvo de investigação da Polícia Federal, no inquérito sobre o esquema de candidaturas laranjas do PSL em Minas Gerais. O ministro se elegeu deputado federal mais bem votado do partido no estado. Segundo o presidente, é preciso aguardar a conclusão das investigações. “Em havendo uma conclusão final de inquérito, com prova robusta, aí tomo a decisão. Por enquanto não é o caso”, afirmou.