Aloísio Classmann propõe fim de auxílio-mudança para os 55 deputados da Assembleia

Mesa Diretora já havia apresentado texto para extinguir benefício, mantendo ajuda de custo apenas para deputados eleitos pela primeira vez

Deputado Aloísio Classmann, do PTB

O líder da bancada do PTB na Assembleia Legislativa, deputado estadual Aloísio Classmann, encaminhou, nesta terça-feira, uma proposta que extingue o auxílio-mudança para os 55 deputados do Parlamento. O benefício equivale ao pagamento de um salário extra, no início e no término de mandato, para cada parlamentar. O Rio Grande do Sul teve 28 cadeiras renovadas na Assembleia para a legislatura 2019-2022. O texto depende de maioria simples em plenário para vigorar. Hoje, o subsídio mensal de um deputado estadual é de R$ 25.322,25. A cada quatro anos, o impacto aos cofres públicos chega a R$ 2,7 milhões.

A Mesa Diretora da Assembleia já havia apresentado um projeto de resolução para extinguir o privilégio, mantendo a ajuda de custo apenas para os deputados eleitos pela primeira vez. Contudo, pela manhã, durante a reunião de líderes, Classmann encabeçou iniciativa para estender o fim do benefício a todos os parlamentares da Casa. Para o líder da bancada do PTB, é preciso dar o exemplo, até para que outras assembleias do País façam o mesmo.

Como a reunião de líderes terminou antes do previsto, em função da pauta da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), relativa ao plebiscito para a venda de estatais, os representantes das bancadas ainda não chegaram a um consenso sobre o tema. O impasse envolve a possibilidade ou não de um deputado de fora da Mesa Diretora protocolar uma emenda a um projeto de resolução. Líderes de outras legendas entendem que. se houver consenso entre os representantes partidários, a emenda pode ser anexada ao texto.

Em caso contrário, a Mesa deve ser provocada para redigir um projeto novo, com base na justificava de Classmann. Na próxima semana, a iniciativa vai ser debatida durante as reuniões de líderes e da Mesa Diretora. Desde o início da atual legislatura, deputados já abriram mão do benefício. Se for aprovada, a lei só deve valer para a próxima legislatura. Os parlamentares que já receberam o auxílio-mudança, em fevereiro, não serão obrigados a devolver os valores.