Marchezan entrega relatório de atividades e balanço financeiro de 2018 à Câmara de Vereadores

Prefeito atribui a dificuldade financeira para realização de alguns avanços no município

Foto: Twiiter Vereadora Mônica Leal / Divulgação

O prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior, entregou na manhã desta segunda-feira à presidente da Câmara de Vereadores, Mônica Leal, o relatório de atividades e o balanço financeiro do executivo em 2018. O documento apresenta um resumo das principais ações e iniciativas da prefeitura. Já o balanço das finanças traz o resultado orçamentário e financeiro do ano passado.

Entre as ações que constam no relatório estão o funcionamento de três postos de saúde até as 22h (São Carlos, Modelo e Tristeza), com a realização de 3,5 mil consultas médicas/mês. Ainda na área da saúde, o levantamento aponta a abertura de 49 novos leitos no Hospital da Restinga.

Marchezan disse, no entanto, que a dificuldade financeira do município fez com que alguns avanços não ocorressem na cidade. “A gente não pode negar que gostaríamos de ter avançado mais. Nós não avançamos na alteração da tecnologia das câmeras por dificuldade de recursos para comprar as câmeras. Nós não avançamos na abertura de todos os postos de saúde até as 22h, porque a gente não tem os recursos para as reforças e as despesas permanentes que isso acaba gerando. Está previsto e ocorrerá em 2019, mas não foi possível que acontecesse até o ano passado”, afirma.

Na segurança, um dos indicadores ressaltados foi a redução no número de ocorrências no roubo ao transporte coletivo (de 2.192 ocorrências em 2016 a 1.392 ocorrências em 2018). O executivo também lembrou a implantação da primeira fase do cercamento eletrônico que monitora, em média, 700 mil veículos por dia, com uma média de alerta de quatro veículos furtados ou em situação de roubo diariamente.

Finanças

O balanço das finanças apresentado aponta que, em 2018, a Prefeitura teve uma receita total arrecadada na ordem de R$ 6,413 bilhões, praticamente o mesmo que foi arrecadado em 2017, R$ 6,414 bilhões. Já a despesa total executada foi de R$ 6,046 bilhões, que resulta num superávit orçamentário nas contas do Município de R$ 366,2 milhões.

No entanto, no ano passado, considerando apenas os recursos próprios do Tesouro Municipal, sem as receitas do Previmpa, Dmae e outros recursos vinculados com destinação específica, à prefeitura apresentou um déficit de R$ 75,1 milhões. Foram R$ 3,999 bilhões de Receita arrecadada contra R$ 4,075 bilhões de Despesa realizada. Este déficit teria sido ainda maior caso não tivesse ocorrido a antecipação de receitas de 2019, tais como o ICMS, IPVA e Fundeb. Sem essas ações extraordinárias, o déficit apenas com as receitas e despesas do Tesouro em 2018 teria sido de R$ 187,1 milhões.