Pátio Cultural colore rua noturna da Cidade Baixa

Evento realizou consulta com os moradores do entorno para futuras alterações

Foto: Guilherme Almeida/CP

A rua João Alfredo ganhou cor, som e movimento em um horário diferente do que a comunidade está acostumada. No fim da manhã do sábado, a Prefeitura realizou uma consulta aos porto-alegrenses para saber o que eles entendem por uma rua completa. Foi o evento chamado Pátio Cultural, que tratou sobre a implantação do conceito de Ruas Completas na Cidade Baixa. A programação, que contou com crianças pintando a rótula recém feita pela Prefeitura, começou ao meio-dia, na João Alfredo, esquina com a Lopo Gonçalves.

De acordo com o diretor-presidente da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), Fabio Berwanger Juliano, o intuito era ouvir quem mora e frequenta a região. O projeto é promover uma alteração no espaço. “Ela (João Alfredo) hoje é árida, deserta durante o dia. Não temos árvores, o comércio que funciona é noturno e há poucos serviços. Nossa ideia é trazer o público para cá. Como fazer isso? Alargando as calçadas, já que hoje ela é estreita, diminuir as pistas de carros, o que vai diminuir a velocidade, entre outras ações”, expressou.

Espaço não é convidativo para passeio

Fabio afirmou que a opinião dos moradores é fundamental. “Queremos alterar o conceito dela do dia, para ver se vai alterar à noite. Hoje ela não é convidativa para o público passear”, frisou. O projeto, conforme ele, é iniciar as obras já no começo do próximo ano. Depois de analisar as propostas dadas pela população, vai ser feito o termo de referência e a licitação. Quem vive na região aprovou a iniciativa.

“A João Alfredo é tradicional, mas infelizmente se tornou uma baderna e ela merece ser priorizada pela história e o seu significado. A bagunça que ocorre não é daqui, ela vem de fora”, opinou a tradutora Celmara Menegaz, de 54 anos. Moradora há 30 da Cidade Baixa, ela relatou que é comum ver veículos transitando em alta velocidade. No quadro montado para apontar a visão das pessoas, ela ressaltou a importância de priorizar a bicicleta e os pedestres.

Durante as duas horas, ocorreram atividades como escola de bike, aula de yoga gratuita, contação de histórias e a pintura da “Flor da Vida”, pelo artista plástico Lucas Anão, na rótula da rua João Alfredo com rua da República. Houve também cinco trabalhos, produzidos por alunos da Unisinos que fazem parte do Projeto Universidades, no Museu Joaquim Felizardo.