Trabalhadores da Educação de Gravataí chegaram hoje ao quarto dia de greve. O movimento afeta 73% das escolas da rede municipal, segundo informações da Prefeitura. A paralisação, que segue por tempo indeterminado, é coordenada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação e contesta um projeto encaminhado pelo prefeito Marco Alba que visa extinguir a assistência à saúde do funcionalismo, o Ipag Saúde.
Nesta quinta, segue a agenda de mobilizações da categoria, nos bairros, com a intenção de reforçar a importância do plano de saúde dos servidores. Na terça-feira, professores e servidores de escolas lotaram o Plenário da Câmara de Vereadores para acompanhar a discussão sobre as emendas propostas pelo Legislativo.
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Gravataí, Vitalina Gonçalves, explicou que a concentração dos trabalhos vai acontecer entre as paradas 72 e 67, nesta quinta. “Nosso intuito é dialogar com a comunidade e demonstrar que o Ipag Saúde é importante para o funcionalismo. Cerca de 10 mil pessoas serão prejudicadas com sua extinção, o que vai aumentar ainda mais a fila do Sistema Único de Saúde (SUS).”
O secretário de Administração, Alexsandro Vieira, comentou que o assunto vem sendo debatido há anos e que a extinção do plano de saúde não visa prejudicar os servidores ou deixá-los sem assistência. “Inclusive, criamos um Grupo de Trabalho com representantes da Administração, do Ipag e dos dois Sindicatos para encontrarmos uma alternativa confortável para todos. Para aderir a um plano de saúde sem carência, sem empecilhos e que contemple 100% dos servidores, não apenas a metade, como acontece atualmente.”
Segundo Vieira, o Ipag Saúde foi criado sem critérios técnicos e o déficit de R$ 6,4 milhões, em 2018, foi o estopim para a elaboração do projeto de lei. “Ele não é adequado, não se sustenta.”
Conforme dados da prefeitura de Gravataí, das 75 escolas da rede, 33 estão totalmente paradas e outras 22 com greve parcial. Atualmente, 30 mil estudantes fazem parte do quadro escolar de Gravataí.