Chanceler brasileiro considera que regime militar foi “necessário para evitar ditadura”

Ernesto Araújo participou, hoje, de audiência na Comissão de Relações Exteriores e Defesa da Câmara

Relações Exteriores
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, afirmou nesta quarta-feira, na Comissão de Relações Exteriores e Defesa da Câmara dos Deputados, que a intervenção militar de 1964 não se tratou de um golpe. Durante a audiência, o ministro afirmou que a defesa da democracia é fundamental, mas se negou a responder se o País viveu um ditadura militar entre 1964 e 1985. As informações foram publicadas pelo jornal O Estado de S.Paulo.

Para Araújo, a tomada de poder pelos militares “foi um movimento necessário para que o País não virasse uma ditadura”. Não tenho a menor dúvida em relação a isso”, defendeu o ministro.

Questionado pelo deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) se o período posterior à intervenção também pode ser considerado uma ditadura, o ministro não respondeu.

Ainda que sem um decreto ou portaria para formalizar as comemorações, a efeméride volta ao calendário das Forças Armadas após oito anos. A determinação do presidente Jair Bolsonaro gerou repúdio de órgãos ligados à defesa dos direitos do cidadão e medidas para barrar os eventos na Justiça.

A Defensoria Pública da União anunciou que vai entra com uma ação civil pública para impedir que o 31 de março, data de início do regime, seja comemorado nas unidades militares.