Após dois dias de paralisação, municipários de Porto Alegre decidiram voltar ao trabalho a partir das 7h desta quarta-feira. A decisão ocorreu na tarde de hoje, em assembleia, após a Câmara de Vereadores ter aprovado, na noite de ontem, cláusulas do plano de carreira da categoria. A sessão durou mais de dez horas (veja detalhes aqui) e só terminou no fim da noite. O texto protocolado pela Prefeitura teve 24 votos favoráveis e 12 contra.
Ainda durante a assembleia, os servidores decidiram manter o estado de greve e seguir com as mobilizações, contrárias à gestão do prefeito Nelson Marchezan Júnior.
Na segunda-feira, os servidores fizeram atos, durante todo o dia, em frente à Câmara. Houve confronto com a Brigada Militar, com pelo menos 13 feridos, conforme o Simpa e a Guarda Municipal.
No domingo, por meio de nota oficial, a Prefeitura garantiu cortar o ponto dos grevistas, mas ontem informou que o impacto do primeiro dia de paralisação havia sido restrito a parte das escolas e postos de saúde.
Servidores querem processar Prefeitura
Também hoje, servidores municipais prometeram “atulhar a Justiça” com ações contra a gestão do prefeito Nelson Marchezan Júnior. De acordo com o Simpa, além de tentar reverter o resultado da sessão de ontem judicialmente, a categoria pretende processar as forças de Segurança Pública envolvidas no confronto dessa segunda-feira em frente à Câmara.
“Vamos preparar muitas peças jurídicas, atulhar a Justiça e buscar o direito adquirido”, afirmou o diretor-geral do Sindicato, Jonas Tarcísio Reis, durante ato realizado nessa manhã. “Não é possível que um prefeito que recém chegou quebre um contrato. Nós entramos por concurso público, que é um contrato com a prefeitura, e ele não pode quebrar esse contrato”, comentou o servidor.
