Em um apartamento do bairro Mont’Serrat, na zona Norte de Porto Alegre, a Polícia Civil prendeu um casal com mais de R$ 700 mil em espécie e 17,8 quilos de cocaína pura, na manhã desta segunda-feira. Responsável pela ofensiva, o titular da 3ª Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DPHPP), delegado Cassiano Cabral, afirmou que o trabalho iniciou após uma troca de informações com os agentes da cidade de Garopaba, em Santa Catarina.
O homem de 37 anos, preso em flagrante por tráfico de drogas, era foragido e estava com um mandado de prisão preventiva pela comarca catarinense. Conforme apuração da polícia, ele buscava a droga no Exterior para entregar em Santa Catarina. Junto com ele, no apartamento, localizado na rua Tenente Coronel Fabrício Pillar, em que morava havia pouco tempo, estava a companheira, uma mulher de 30 anos. “Ela não tinha nenhum antecedente criminal. Ele tem duas vezes por tráfico de drogas e é natural de Porto Alegre”, detalha Cabral.
Conforme ele, o monitoramento começou a ser feito pela polícia há cerca de duas semanas. “O casal não era considerado suspeito pela vizinhança. Inclusive se mostrou suspeito com a nossa presença. Aguardamos o momento que ele saía do apartamento para realizarmos a abordagem. Ele franqueou o nosso acesso ao interior da moradia, onde encontramos o entorpecente e também a quantia elevada em dinheiro”, frisa o delegado. Os dois foram encaminhados ao sistema prisional gaúcho, após os trâmites judiciais.
Droga geraria meio milhão de lucro
O dinheiro já estava acondicionado em mochilas, separado e marcado com o valor. Foram R$ 726.300, em pacotes. A droga, considerada pura e de boa qualidade, ainda sem mistura, geraria cerca de R$ 500 mil de lucro para a organização criminosa. Havia, além da cocaína, 6,2 quilos de crack e 350 gramas de maconha. Uma ceduleira (aparelho usado para contar o dinheiro) e uma balança usada para pesar a droga também foram apreendidas pelos agentes.
A polícia destaca que o preso teria relação com o exterior, onde buscaria a droga para distribuir em Santa Catarina. O crack apreendido tinha bandeira boliviana estampada na embalagem. O subchefe de polícia, delegado Fabio Motta Lopes, enaltece a ação rápida realizada pelos policiais. A diretora do Departamento de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DPHPP), delegada Vanessa Pitrez de Aguiar Correa, diz que a situação não é comum.