Em entrevista à Rádio Guaíba na manhã desta segunda-feira, o promotor Bruno Bonamente, titular do processo do Caso Bernardo, afirmou que o Ministério Público Estadual deve entrar com pedido de aumento de pena dos quatro condenados: Leandro Boldrini, pai do menino, a madrasta Graciele Ugulini e os irmãos Edelvânia e Evandro Wirganovicz. A sentença na pena foi proferida pela juíza Sucilene Engler Werle na última sexta-feira, após cerca de 50 horas de julgamento popular, durante cinco dias no Foro de Três Passos, no Noroeste do Estado.
Conforme o promotor, o Ministério Público vai aguardar que os autos cheguem até o órgão para que uma análise detalhada seja feita para que se verifique quais foram as justificativas dadas pela juíza para calcular a pena de cada réu.
Leandro Boldrini foi condenado a 33 anos e oito meses; Graciele Ugulini, a madrasta de Bernardo, a 34 anos e sete meses; Edelvânia Wirganovicz, amiga da madrasta, a 22 anos e 10 meses; e Evandro Wirganovicz, irmão de Edelvânia, a nove anos e seis meses em regime semi-aberto.
Desaparecimento e morte
Desaparecido em 4 de abril de 2014, em Três Passos, Bernardo Uglione Boldrini, de 11 anos, foi encontrado morto dez dias depois no interior de Frederico Westphalen, a cerca de 80 quilômetros de distância. O corpo estava dentro de um saco plástico, enterrado em um matagal às margens de um riacho. No dia seguinte, a Polícia prendeu Graciele, Boldrini e Edelvânia. Evandro foi preso em maio, após investigações que apontaram que ele ajudou a fazer a cova.
A causa da morte do menino teria sido a superdosagem do Midazolam, medicamento presente no estômago, no rim e no fígado da vítima, de acordo com laudos periciais.