Retomado na tarde desta quinta-feira, o julgamento do menino Bernardo, ouviu por último o quarto acusado: Evandro Wirganovicz, irmão de Edelvânia. Visivelmente emocionado, disse que não teve qualquer participação na morte do garoto. “Eu nunca fiz nada de errado, não se trata de negar. Eu somente não fiz nada”. Questionado pelo seu advogado de defesa, Luiz Geraldo Gomes, a respeito do envolvimento da sua irmã no crime, Evandro disse que doeu demais ouvir ela falando sobre o crime. “Ela sempre me ajudou. Esse lado dela eu não conhecia, não sei o que levou ela a fazer isso. Ela terminou com tudo na nossa família”, lamentou.
Evandro relatou, chorando, que sente falta do contato com os filhos e revelou que foi abandonado pela esposa. “Pelo amor de Deus, eu não devo. Se devesse, podia tirar meus filhos de mim. Mas eu não fiz, eu não devo”, disse. “Quem fez, sabe que tem que pagar, mas eu não fiz”, afirmou Evandro para os jurados.
Evandro respondeu apenas aos questionamentos da juíza, das defesas, dos jurados, mas não ao Ministér Público. O representante do MP, no entanto, promotor Ederson Vieira, disse que “a sociedade tem o direito de saber quais serão as perguntas que seriam feitas”. Segundo ele, réus têm o direito de não responder se não quiserem.