Inflação supera prévia para o mês e fecha fevereiro em 0,43%, diz IBGE

Valor é maior que o de janeiro e também que o do mesmo período do ano passado

Foto: Marcos Santos / USP Imagens / CP

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA fechou fevereiro com alta de 0,43%, enquanto em janeiro a taxa havia sido de 0,32%, apontou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira. O valor também é maior do que a prévia para o mês (IPCA-15), que havia sido anunciada pela fundação como 0,34%. Para o cálculo, foram comparados os preços coletados no período de 30 de janeiro a 26 de fevereiro de 2019 com os preços vigentes no período de 29 de dezembro de 2018 a 29 de janeiro de 2019, em dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.

Seis dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta, de janeiro para fevereiro, com destaque para  Educação (3,53%) e Alimentação e Bebidas (0,78%). As outras altas ficaram por conta de Saúde e Cuidados Pessoais (0,49%), Habitação (0,38%), Artigos de Residência (0,20%) e Despesas Pessoais (0,18%). Por outro lado, os dois grupos tiveram deflação foram Transportes (-0,34%) e Vestuário (-0,33%). Já o grupo de Comunicação ficou estável no período.

Educação e alimentos puxam alta

Responsável pela maior variação entre os grupos de produtos e serviços pesquisados, a alta em Educação reflete os reajustes praticados no início do ano letivo, em especial nas mensalidades dos cursos regulares, cujos valores subiram, em média, 4,58%, gerando o mais elevado impacto individual sobre o índice do mês. Entre os grupos, os alimentos exerceram a maior pressão no índice nacional, mas desaceleraram na comparação com janeiro, quando registraram 0,90%. A alimentação no domicílio subiu 1,24%, impulsionada pelas altas nos preços do feijão-carioca (51,58%), da batata-inglesa (25,21%), das hortaliças (12,13%) e do leite longa vida (2,41%). Já a alimentação fora de casa caiu 0,04%, influenciada, principalmente, pelo item refeição (-0,22%).

Nos Transportes, a deflação foi impulsionada pelas quedas registradas nos itens passagem aérea (-16,65%) – maior impacto individual negativo no mês – e gasolina (-1,26%). À exceção de Goiânia, que registrou alta de 3,21% na gasolina, as demais áreas apresentaram quedas que variaram entre os -4,26% da região Metropolitana de Porto Alegre e o -0,37% das regiões metropolitanas de Recife e Salvador.