No dia em que completou um mês da morte dos dez atletas no incêndio que destruiu o Ninho do Urubu, o Flamengo reuniu parentes das vítimas, sócios e funcionários em uma missa na sede do clube. O celebrante foi o padre Waldecir Gonzaga Vigário, da Paróquia de São Judas Tadeu, que é padroeiro do clube.
Um incêndio ocorrido na madrugada de 8 de fevereiro no alojamento das categorias de base, no Centro de Treinamento George Helal, conhecido como Ninho do Urubu, matou dez atletas e feriu outros três. A área incendiada, conforme a prefeitura do Rio, não constava como destinação de alojamento em projetos aprovados pela Secretaria de Urbanismo.
Sobreviventes
Até hoje, o atleta Johnata Ventura, que teve 30% do corpo queimado, continua internado. Ele está em uma clínica particular, após passar um período no Hospital Pedro II, especializado em queimaduras. Os outros dois feridos, Cauan Emanuel e Francisco Dyogo, receberam alta na primeira quinzena de fevereiro.
Indenização
O Flamengo chegou a um acordo de indenização com apenas uma família dos dez mortos. O clube alega questões de segurança para não divulgar valores nem o nome da família. O clube informou que a negociação com as outras famílias continua. A oferta inicial do clube foi entre R$ 300 mil e R$ 400 mil, além de um salário mínimo mensal por 10 anos para cada família.
Interdição
Desde o dia 27 de fevereiro, o Ninho do Urubu está interditado. As portas foram lacradas e só serão reabertas quando as pendências referentes ao alvará de licença do estabelecimento e ao habite-se forem regularizadas, segundo a prefeitura. As causas do incêndio também estão sendo investigadas.